sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Palestra: Respeito


Palestra Realizada por Luís Dias em nosso centro espírita, no dia 1º de agosto de 2011, com trechos extraídos do livro “Os Prazeres da alma” por HAMMED.

RESPEITO

Significado de Respeito

Ato ou ação de respeitar.

Sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência; consideração, reverência: respeito filial. Obediência, acatamento, submissão: respeito às leis

A “hermenêutica”, que poderia traduzir-se como a “arte de interpretar textos ou o sentido das palavras”, expõe em detalhes o significado de trechos ou mesmo obras inteiras (literárias, artística, religiosas...). Nestes dois livros (“As dores da alma” e os “Prazeres da alma”, foram utilizadas contribuições da “hermenêutica” para proporcionar uma série de sugestões com o objetivo de melhorar as relações sociais, entender e ser entendido, ter mais clareza, melhorar a comunicação. Foram objeto de estudo os potenciais humanos, os quais denominamos de “Prazeres da alma”: sabedoria, alegria, afetividade, coragem, autoconhecimento, lucidez, compreensão, amor, respeito, liberdade, desapego, compaixão, individualidade, perdão e outros tantos. Tudo que precisamos aprender é analisar cada sensação, fato ou acontecimento no instante em que eles surgem. Jamais definir ou atribuir significados rígidos e taxativos a tudo o que existe (“ O caminho da multiplicidade” mostra como fazer isso). Nossa maior fonte de desprazer ou insatisfação é acreditar que os recursos de que necessitamos para viver bem, esta fora de nós. Não se dando conta que está dentro de nós!

A “Consciência iluminada” é a salvação das almas. “ O reino dos céus” não despertará em nosso mundo interior enquanto estivermos atrelados a algum modelo externo de vida.

HAMMED 16 de Outubro, 2002

SOMENTE OPTANDO PELO AUTO-RESPEITO É QUE CONSEGUIREMOS O RESPEITO ALHEIO.

Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

De que maneira as pessoas nos tratam? Sentimo-nos constantemente usados ou desrespeitados? Às vezes, permitimos que os outros nos tracem metas e objetivos sem antes nos consultar? Sabemos distinguir quando estamos doando realmente ou quando estamos sendo explorados? Respeitamos nossos valores e direitos inatos? Costumamos representar papéis de vítimas ou de perfeitos?

A pior situação é passar toda uma existência sem nos dar o devido amor e respeito. Fazendo coisas diferentes do que sentimos estamos sendo cruéis com nós mesmos. Quando nos respeitamos plenamente, mostramos como devemos ser tratados. Quanto mais respeito tivermos por nós, mais seremos respeitados, quanto menos respeito tivermos, menos seremos respeitados. Devemos nos auto-responsabilizar pela forma como somos tratados, pois é cômodo culpar os outros por desilusões e sofrimentos que passamos, ao contrário, é muito difícil aceitar a responsabilidade pelas nossas próprias ilusões e desenganos. Estando no controle, assumimos as rédeas de nossa vida, jamais deixando alguém nos ferir ou nos menosprezar. Ninguém é melhor que ninguém, “O sol brilha para todos...”. Quando autorizamos os outros a determinar o quanto valemos, uma sensação de vazio nos toma conta da alma. Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos , nos outros, a mesma dignidade que damos a nós.

NUM FUTURO BREVE, QUANDO A MULHER SE LEGITIMAR PELO QUE É E POR ONDE QUER CHEGAR, ADQUIRIRÁ RESPEITO – DOS OUTROS E DE SI MESMA.

Consulta Kardec a Espiritualidade Maior, na terceira parte, capítulo IX, de O livro dos Espíritos: “De onde se origina a inferioridade moral da mulher em certos países?”. E os Obreiros do bem responde: “Do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.”

Interessante, que tudo se inicia na geração de uma alma, no embrião que está se formando, na família que o recebe. A importância da criação dos filhos, os valores, a educação, o respeito que os pais passam de gerações em gerações. Podemos notar de um modo geral a formação machista que as crianças recebem na infância, e que as influenciam por toda a vida. Homens são treinados para serem fortes, corajosos, agressivos, seguros, bem-sucedidos e auto-suficientes. Por milênios o machismo foi, e é, um conjunto de normas, costumes, leis e atitudes que tem por finalidade criar e manter a submissão da mulher em todos os níveis: afetivo, sexual, procriativo e profissional. Quando a mulher romper esta visão de que deve ser submissa, reclusa, frágil e dependente do homem, ela recuperará toda a estrutura de poder e o senso de iniciativa. No entanto muitas mulheres, de forma inconsciente, compartilham do machismo na medida em que não notam as estruturas psicológicas de “hegemonia masculina” que regula suas relações afetivas e sociais. Elas podem reproduzir, sem perceber, na educação dos filhos, sejam eles homens ou mulheres, a idéia machista que se perpetua ao longo do tempo. A mulher deve se aperceber que possui uma extraordinária capacidade de realizar mudanças positivas. Ela como o homem, tem um mundo diante de si, e todos podem crescer até onde permite sua capacidade, seu dom, e seu talento nato. Estamos em constante mutação: física, mental, emocional e espiritual. A mulher, se legitimar e Renovar seu modo de sentir, pensar e agir, irá desfazer a visão machista gradativamente. Fazendo nascer em seu lugar a amizade, o respeito e a cooperação entre os seres humanos, independente de sexo, para não correr o risco de repetir erros de escolhas (sejam conjugais, profissionais, educacionais ou de vida). Acabando assim, por alimentar o ciclo vicioso do machismo.

O amor cristão não considera os papéis sexuais, e sim encoraja todos os seres a exprimir a liberdade, o respeito e o amor uns pelos outro.


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