terça-feira, 11 de outubro de 2011

Palestra: Irresponsabilidade


Palestra apresentada por Eloísa Lobo na Casa do Sol em 19 de setembro de 2011

Ao contrário das outras vezes que eu já estive aqui na frente conversando com vocês, hoje eu me sinto mais à vontade pra falar sobre o assunto... que é irresponsabilidade. Não por ser um tema fácil, mas porque eu procurei manter os olhos e os ouvidos bem abertos e as palavras e os textos foram aparecendo das mais variadas formas nas minhas mãos.

Falo de Irresponsabilidade, do livro que foi escolhido pelos mentores da Casa do Sol, como base para as nossas palestras e também muito modestamente, sobre o que eu tenho aprendido desde que participo das atividades aqui.

Nós fazemos nossos caminhos e depois os denominamos de “fatalidade”. Está escrito no livro “As Dores da Alma” pelo espírito Hammed.

Diz um pequeno texto retirado do livro de Dimas Silveira: PONTE PARA A REDENÇÃO: Todos recebem, equitativamente, os mesmos atributos da Providência Divina, segundo o seu merecimento. Há os que labutam e trabalham. E os que esperam que o maná caia do céu.

Se fosse para reclamar e não para realizar, teríamos todas as razões do mundo para usar pretextos à livre escolha, tais como: além dos sem terra existem, para exemplificar, os sem teto, sem mulher (ou marido), sem emprego, sem saúde, sem cachorro, sem dinheiro, sem educação, sem comida, sem família, sem vergonha e mais uma infinidade de carências , sendo a maior de todas a dos “sem amor”, encontrando-se nessa situação, os que não o têm, e para merecê-lo, a primeira condição é o aprendizado da doação.

A começar do “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.

A sabedoria do Criador deixou-nos escolher e conquistar, pelo mérito, através do “a cada um será dado segundo as suas obras”, para sermos vencidos ou vencedores. A maior vitória do homem é a vitória sobre si mesmo.

A cada escolha que fazemos na vida, cabe uma responsabilidade proporcional...porém é mais simples responsabilizarmos o outro (quem quer que seja) pelo que nos acontece...quando não dá certo.

Porque se a gente acerta, é comum também esquecermos de agradecer devidamente aos nossos mentores que nos inspiram e a Deus que nos proporcionou a vida.

É difícil aceitar as escolhas erradas, ou que não foram tão produtivas quanto imaginávamos , nossa primeira reação muitas vezes é reclamar, mesmo sabendo que fazem parte do nosso caminho de evolução, já que aprendemos pelo amor ou pela dor. As nossas escolhas erradas também nos ajudam a crescer...

(Outro dia escutei de um garoto: não se deve ter vergonha de errar...nem de reconhecer que errou, isso é ser corajoso!)

Sejamos corajosos então, em assumir nossos erros e as responsabilidades trazidas por eles! Antes de praguejar e transferir aos outros a responsabilidade do que nos acontece, trabalhemos para alcançar a própria felicidade!

Outro ponto importante:

“Fazer as outras pessoas seguras e felizes é missão impossível de realizar, se acreditarmos que depende unicamente de nós a plenitude de sua concretização.”

É claro que podemos ajudar as pessoas a se tornarem mais felizes, mas não depende de nós a felicidade de outros, nem vice-versa.

Inverte-se as coisas ??? e acreditando nisso passamos a cobrar reciprocidade...qual a razão de ofertarmos a felicidade aos outros e, por sua vez, os outros a concederem a nós?

É necessário examinar internamente o que nos deixa infelizes e qual a melhor forma de solucionar a questão. Muitas vezes ainda não estamos prontos pra essas respostas.

Precisamos entender que cada um é responsável por seus atos, suas escolhas, suas vontades, sua vida, enfim sua felicidade. E somente o amadurecimento emocional nos traz essa condição.

Já tem um tempo que ouço falar em ‘MUSCULATURA EMOCIONAL’ e achava estranho... mas agora compreendo o significado dessa expressão que está ligada à resistência, à força que é preciso ter em diversos aspectos emocionais, como por exemplo, lidar com a frustração, lidar com a derrota, lidar com as nossas perdas ou com as consequências difíceis originadas pelas nossas escolhas equivocadas.

“SOMOS NÓS QUE FABRICAMOS AS FIBRAS QUE CONFECCIONARÃO A TEXTURA DA NOSSA EXISTÊNCIA”

FATO INCONTESTÁVEL para reflexão: o amadurecimento do ser humano inicia-se quando cessam suas acusações ao mundo.

* Observar questões 851 e 852 do Livro dos Espíritos – livro III, capítulo X, LEI DE LIBERDADE, VI – sobre a fatalidade

“destino cruel, colocação de limites, delimitação de espaços entre, direito de ser..., alguns aprendem desde a infância a colocar limites com pais amadurecidos e se mantém firmes, saudáveis dentro de si mesmos, outros não sabem como lidar com suas frustrações.

ESCOLHENDO COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA, poderemos transmutar, sem exceção, as amarguras em que vivemos na atualidade.

A AUTO-RESPONSABILIDADE nos proporciona a dádiva de reconhecer que qualquer mudança no itinerário de nossa “viagem cósmica” dependerá, invariavelmente de nós.

Assim sendo, os Espíritos Sábios afirmam que a mudança do nosso destino somente ocorre quando realmente assumimos a responsabilidade por nossa vida, usando de determinação e vontade. Será o produto de inumeráveis experiências e acontecimentos.

O indivíduo que não aceita a responsabilidade por seus atos, cria álibis e recorre a dissimulações, culpando os outros é denominado imaturo.

O homem adulto se caracteriza pelo fato de que ele próprio delimita seu código de conduta moral, já alcançou certo grau de independência interior e faz seus julgamentos baseado em sua autonomia.

Os amadurecidos já atingiram um bom nível de relacionamento consigo mesmos e, consequentemente, com os outros; por isso, resolvem facilmente, tanto conflitos internos como os externos, assumindo as responsabilidades que lhes competem e estão despertos para a realidade.

As criaturas começam a notar primeiramente os princípios que lhes parecem vir de fora e, depois, no decorrer de seu progresso espiritual, percebem que tudo se encontra no seu íntimo.

“NÂO É O MUNDO QUE SE TRANSFORMA; O QUE ACONTECE É QUE ELAS MUDAM DE NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA, ALTERANDO O MUNDO EM SI MESMAS.”

Daí a importância que se comece o mais breve possível uma reforma interior, livrando –nos de velhos e maus hábitos.

Despertar, entretanto, é condição inadiável para que atinjamos as verdades transcendentes, reavivando em nós a consciência dos objetivos essenciais da eternidade.

Não poderá haver maturidade vivencial sem que o indivíduo se conscientize plenamente de seu livre arbítrio e de que tudo o que sofre, goza, percebe e experimenta, nada mais é do que o reflexo de si mesmo.

Por último, a história “O MENINO E O LÁPIS ”

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:

- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu e comentou com o neto:

- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis intrigado e não viu nada de especial.

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

- Tudo depende do modo como você olha as coisas, respondeu-lhe a avó. Há cinco qualidades nele. Se você conseguir mantê-las, será sempre umapessoa em paz com o mundo.

Primeira qualidade: Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

Segunda qualidade: De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final ele está mais afinado. Portanto saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta qualidade: O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer a vida irá deixar traços, e procure ser consciente e cada ação, pense e aja com responsabilidade.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Palestra: Afetividade

Palestra realizada por Rita Pereira Barboza no Centro Espírita Casa do Sol em 12 de setembro de 2011.

Na palestra da semana passada, sobre o assunto da Dependência, apoiada nos princípios do budismo, eu trouxe a vocês a afirmação de que todos nós temos em comum o desejo de nos libertarmos do sofrimento e da dor. Em “Os prazeres da alma”, no capítulo sobre Afetividade, que é o tema da nossa palestra de hoje, Hammed vai mais além nessa afirmação. Ele diz que “A busca do amor é o principal anseio de todo ser humano”. Então o que nos unifica não é apenas o desejo de não sofrer e sim, o de amar.

Refletindo sobre essas duas afirmações, chego à conclusão de que talvez pensar no amor seja para nós mais difícil, ou menos recorrente do que pensar no sofrimento e na dor. Isso porque o sentimento verdadeiro de amor é um indicador de maturidade espiritual, e, sendo nós alunos na escola da vida, vivemos mais situações de sofrimento do que de amor em nossa existência.

Mas será que isso quer dizer que o sofrimento está mais presente em nossas vidas do que o amor? Creio que não. Segundo Hammed, “o amor é a essência fundamental de todas as coisas que vivem sobre a Terra”. Então o amor está sempre presente em nossas vidas. Mais ainda, a base das nossas vidas é o Amor. Porém, nós não lhe damos a devida importância, prestando atenção mais aos nossos sofrimentos e dores. E isso nós já temos ouvido bastante por aqui, não é mesmo? Parece que nossa consciência e atenção estão precisando de uma boa educação para começar a focar no que realmente importa. Bom, acredito que esse é um dos motivos pelo qual estamos aqui, ouvindo (ou fazendo) uma palestra, lendo livros, buscando orientações. Eu também confesso para vocês que encontrei mais dificuldades em desenvolver a temática dessa palestra sobre os prazeres da alma, do que a da semana passada que era sobre uma dor.

Sobre esse tema, uma vez recebi de um amigo um texto, atribuído a um jornalista, compositor e poeta argentino chamado Facundo Cabral, que diz:

Não estás deprimido, estás distraído.

Não estás deprimido, estás distraído… Distraído em relação à vida que te preenche… Distraído em relação à vida que te rodeia. Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caia como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano quando existem cinco bilhões e seiscentos milhões no mundo.

Além disso, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem decidindo a cada instante o que fazer e graças à solidão conheço-me. O que é fundamental para viver.

Não faça o que fez teu pai que tem setenta anos e esquece que Moisés comandou o êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.

Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado.

Além disso, a vida não tira coisas, te liberta de coisas e até alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.

Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso o que chamas de problemas são apenas lições.

Não perdeste coisa alguma. Aquele que morre está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças, o melhor Dele, o amor, continua vivo em teu coração.

(continua)

Mas porque é tão difícil para nós percebermos o amor à nossa volta?

Um dos motivos é que para podermos exercer o amor é preciso que compreendamos e exerçamos a chamada “fraternidade”. Segundo Hammed, a mais exata e essencial definição de fraternidade foi descrita por um chefe indígena de Seattle quando disse: “Tudo que acontece com a Terra, acontece com os filhos da Terra. O homem não tece a teia da vida; ele é apenas um fio. Tudo o que ele faz à teia faz a si mesmo”. Todas as coisas e pessoas na vida estão interligadas pelo amor de Deus. Por isso, Jesus indica que o maior mandamento é “Amar a Deus sobre todas as coisas” e acrescenta um segundo dizendo que este é semelhante ao primeiro: “amar ao próximo como a si mesmo”.

No capítulo XI do Evangelho segundo o espiritismo, “Amar ao próximo como a si mesmo”, está escrito: “O amor é de essência divina e, desde o primeiro até o último, possuís no fundo do coração a chama desse fogo sagrado. É um fato que pudestes constatar muitas vezes; o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser, ou por um objeto qualquer, uma afeição viva e ardente, à prova de tudo que tendesse a diminuí-la, e atingindo, freqüentemente, proporções sublimes.” Então, o amor é realmente o sentimento que nos unifica enquanto irmãos e nos religa a Deus enquanto nosso pai e criador.

Fraternizar não significa comungar das mesmas idéias e convicções, mas, sobretudo, respeitá-los, aceitando as diferenças. Hammed diz, “No lugar em que o amor reina, não há imposição e repressão; onde a imposição e a repressão prevalecem, o amor está ausente. A autêntica afetividade está associada a uma ampliação de consciência e amadurecimento espiritual. Quem a possui aprende a ser caridoso, generoso, benevolente, deixando os outros livres não apenas para errar, para aprender, para discordar, mas também para amar, reconhecendo que as fragilidades que muitas vezes recriminamos nos outros podem ser as nossas amanhã”. E isso com certeza é bem difícil para todos nós.

Mas o que acontece é que em nossa sociedade costumamos considerar atos de fraqueza e covardia o que na verdade são atos de fraternidade e de amor. Então, para sermos aceitos, utilizamos certos mecanismos de evasão da nossa afetividade. Uma espécie desses mecanismos é o que Hammed chamou de “robotização”. Um mecanismo que conhecemos muito bem: quando realizamos nosso trabalho e nossas atividades diárias sem prazer ou criatividade, sem nos envolvermos emocionalmente. Outro mecanismo é justamente colocarmos a máscara de “perfeição”, buscando ser aquilo que recebe aprovação alheia, querendo forçar as pessoas a nos aceitarem. Porém, conforme ensinou Jung, aquilo que chamamos de sombra, ou seja, aquilo que não admitimos em nós e que nos esforçamos para ocultar são sempre qualidades em potencial, que podemos despertar dentro de nós a partir da consciência de seus aspectos.

Não podemos esquecer de que quando Jesus falou, “Deixai vir a mim as criancinhas”, queria que os homens viessem a ele com a mesma confiança desses pequenos seres de passos vacilantes. Para conquistarmos os sentimentos divinos é preciso que nos entreguemos a essa seara tendo puro o coração, ou seja, com humildade e boa vontade, sem nos envergonharmos deste ou daquele comportamento, buscando sempre compreender melhor os ensinamentos. Assim, nesse capítulo do Evangelho segundo o espiritismo (cap.VIII – Bem-aventurados os que têm puro o coração), um espírito protetor irá ensinar: “se tendes o amor, tendes tudo o que se pode desejar sobre a Terra, possuireis a pérola por excelência, que nem os acontecimentos, nem as maldades daqueles que vos odeiam e vos perseguem poderão vos arrebatar. Se tendes o amor, tereis colocado o vosso tesouro lá onde os vermes e a ferrugem não podem atingi-lo (...)”.

Gostaria de encerrar essa palestra com mais um trecho do texto de Facundo Cabral que acredito que evoca um pouco dessa criança que vive em nós, que tem fé na vida, que sabe que se não entende nem é feliz em todas as coisas é simplesmente porque não cresceu ainda o suficiente. Em sua inocência, a criança também sabe que é pequena, e que existe alguém, um pai, que é maior do que ela e que sabe muito mais do que ela imagina, o suficiente para lhe proteger e ensinar os melhores caminhos a seguir.

“Se Deus possuísse uma geladeira teria a tua foto pregada nela. Se Ele possuísse uma carteira tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada amanhecer, a cada manhã. Cada vez que desejas falar Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara amigo, Ele está louco por ti.

Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva. Porém Ele te dá força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho. Não… não estás deprimido… estás distraído! (Facundo Cabral)”

Obrigada!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Palestra: Dependência

Palestra realizada por Rita Barboza em nosso centro em 05 de setembro de 2011, dentro do ciclo de palestras sobre as obras de Hammed.

Dependência

A palestra de hoje é sobre o assunto da “Dependência”. Para essa palestra, busquei como inspiração, além dos livros de Hammed que orientam esse ciclo (As dores e os prazeres da alma), as obras básicas espíritas e alguns ensinamentos budistas que me pareceram bastante apropriados para essa reflexão.

Mas antes de entrarmos propriamente no assunto da Dependência, gostaria de fazer uma reflexão sobre a questão das Dores da Alma e da aprendizagem enquanto caminho de evolução.

Uma afirmação que podemos fazer e que nos unifica enquanto seres humanos é de que cada um de nós deseja ardentemente se libertar do sofrimento e da dor. Uma forma de buscar essa libertação é através do estudo e entendimento das nossas relações com o sofrimento e com a dor. É nesse sentido que temos realizado as palestras com base na obra de Hammed. Assim, analisamos aquilo que nos traz sofrimento para que possamos aprender com esse sofrimento e não para julgarmos aos outros nem a nós mesmos.

No livro “As dores da alma”, Hammed indica: “em verdade, os “pecadores” precisam mais de auto-análise, reparação e tratamento do que de condenação, repressão ou castigo” (p.16). Então, as dores são as nossas educadoras, trazem a nós a oportunidade de nos compreendermos melhor e de crescermos espiritualmente. “Todos somos alunos, não malfeitores, na escola da vida”. (p.18)

O que é uma dor da alma? Hammed explica, “As dores da alma provocam um aperto no peito, uma dificuldade de respirar, uma sensação que o coração vai se partir” (p.18). Assim, através dos nossos sentimentos e sensações podemos perceber o que é que nos causa dor. Aí, já estamos introduzindo o tema da dependência/independência, porque estamos afirmando que não há ninguém melhor do que nós mesmos para avaliar se estamos no caminho correto. Os nossos amigos encarnados e desencarnados (anjos de guarda, mentores) estão sempre dispostos a nos auxiliar na tomada de decisões e nos inspirar bons pensamentos, o que é de grande valor, mas sempre caberá a nós a escolha da melhor atitude a tomar.

Por isso, sempre que buscarmos uma aprendizagem, sobretudo que diga respeito à nossa transformação íntima, devemos fazê-la utilizando a nossa consciência e análise. Só assim poderemos realmente assimilar o conceito que estamos estudando e modificar as nossas atitudes de maneira sincera e efetiva.

No campo da análise e aprendizagem dos ensinamentos espirituais, o budismo nos apresenta o “princípio das quatro confianças”:

1. Não confie na pessoa, confie na doutrina

2. Sobre a doutrina, não confie nas palavras, confie no significado:

3. Sobre o significado, não confie no significado sujeito à interpretação, confie no significado definitivo

4. Sobre o significado definitivo, não confie na consciência comum, confie na sabedoria exaltada.

Com esses princípios entendemos que não deveríamos confiar na fama, no status nem em nenhum outro atributo do mestre, mas, sim, no que ele diz. Ainda, não devemos confiar cegamente no que está sendo dito e sim, avaliar o significado e conteúdo das palavras. No capítulo XXI do Evangelho segundo o Espiritismo, chamado “Haverá falsos cristos e falsos profetas”, Kardec nos ensina a conhecer as árvores por seus frutos, ou seja, submeter à avaliação criteriosa e moral tudo aquilo que se apresentar a nós como sendo divino. Esse entendimento deve ser buscado não pela consciência comum, ou seja, nossa razão puramente intelectual ou nossas impressões superficiais, e sim pela sabedoria exaltada, que pode ser entendida como a nossa alma, nosso estado íntimo de encontro com Deus. Esse estado pode ser conquistado através da oração, da humildade e da meditação.

O interessante a observar é que, enquanto nos convoca a avaliar intimamente os seus preceitos, o espiritismo e outras filosofias que têm esse propósito, como o budismo, estão nos convocando a buscar uma atitude autônoma e original sobre as nossas vidas.

Uma das maiores graças que Deus nos concedeu foi o que chamamos de Livre Arbítrio, ou seja, a condição de decidirmos os caminhos que vamos trilhar na vida, dentro da lei da ação e da reação. Assim, somos responsáveis pelo bem e pelo mal que praticamos conosco e com os outros durante nossa existência. Muitas vezes, aquilo que consideramos como sendo “injustiças de Deus” se trata justamente da relação negativa de dependência que estabelecemos com Ele, esperando que os nossos problemas e os problemas do mundo sejam resolvidos sem o nosso envolvimento e responsabilidade.

Deus quer que sejamos “nós mesmos” compreendendo nosso valor pessoal como seus filhos, criados “sob medida”, para percorrer um caminho particular de evolução espiritual, assumindo a responsabilidade sobre os nossos atos e escolhas. Hammed indica que “no Novo Testamento, capítulo 7, versículo 13, assim escreveu Mateus em seus apontamentos: ‘Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição (...)’” (p.196). Essa mesma passagem pode ser encontrada no capítulo XVIII do Evangelho, “Muitos os chamados e poucos os escolhidos”. “Pelo fato de a porta ser estreita, devemos atravessá-la – um de cada vez – completamente sozinhos, acompanhados apenas pelo mundo de nossos pensamentos e conquistas íntimas” (p.196).

É muito fácil seguirmos a aprovação e opinião de outros, porque quando fazemos o que a maioria considera bom, da mesma forma não vamos ter repreensões e contrariedades com essas pessoas. Mas precisamos entender que, mesmo vivendo em comunidade, estamos vivendo essencialmente com nós mesmos e vamos sempre ser responsáveis – devedores e credores – da nossa própria atitude e não das dos outros.

As leis divinas estão escritas em nossa consciência, em nossa alma e, “por voltarmos costumeiramente os olhos para fora, e não para dentro de nós mesmos, é que nunca conseguimos vislumbrar as riquezas do nosso mundo interior” (p.197). Se colocamos muito valor às coisas externas a nós, sejam elas emocionais ou materiais, estamos nos colocando na condição de escravos dessas coisas. Assim, me recordo de uma passagem que me tocou muito do livro “Há dois mil anos”, de Emmanuel, em que o protagonista, Publius Lentulius (o próprio Emmanuel em uma de suas encarnações), sendo um poderoso senador romano à época de Cristo, tem a oportunidade do encontro com o Mestre que lhe diz: “teu reino e teus poderes são bem fracos diante da eternidade”. Penso que o que Cristo estava ensinando a Publius não era uma mera convenção que às vezes tomamos exteriormente como a condenação dos atributos e valores materiais e terrestres pura e simplesmente. O que Cristo quer nos ensinar é que o maior reino que pode existir é o reino das nossas almas – nosso reino interior que não nos é dado nem retirado e, sim conquistado, construído. Escolhendo outros senhores estamos “livremente” optando pela condição de escravos.

Obrigada!



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Palestra: Respeito


Palestra Realizada por Luís Dias em nosso centro espírita, no dia 1º de agosto de 2011, com trechos extraídos do livro “Os Prazeres da alma” por HAMMED.

RESPEITO

Significado de Respeito

Ato ou ação de respeitar.

Sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência; consideração, reverência: respeito filial. Obediência, acatamento, submissão: respeito às leis

A “hermenêutica”, que poderia traduzir-se como a “arte de interpretar textos ou o sentido das palavras”, expõe em detalhes o significado de trechos ou mesmo obras inteiras (literárias, artística, religiosas...). Nestes dois livros (“As dores da alma” e os “Prazeres da alma”, foram utilizadas contribuições da “hermenêutica” para proporcionar uma série de sugestões com o objetivo de melhorar as relações sociais, entender e ser entendido, ter mais clareza, melhorar a comunicação. Foram objeto de estudo os potenciais humanos, os quais denominamos de “Prazeres da alma”: sabedoria, alegria, afetividade, coragem, autoconhecimento, lucidez, compreensão, amor, respeito, liberdade, desapego, compaixão, individualidade, perdão e outros tantos. Tudo que precisamos aprender é analisar cada sensação, fato ou acontecimento no instante em que eles surgem. Jamais definir ou atribuir significados rígidos e taxativos a tudo o que existe (“ O caminho da multiplicidade” mostra como fazer isso). Nossa maior fonte de desprazer ou insatisfação é acreditar que os recursos de que necessitamos para viver bem, esta fora de nós. Não se dando conta que está dentro de nós!

A “Consciência iluminada” é a salvação das almas. “ O reino dos céus” não despertará em nosso mundo interior enquanto estivermos atrelados a algum modelo externo de vida.

HAMMED 16 de Outubro, 2002

SOMENTE OPTANDO PELO AUTO-RESPEITO É QUE CONSEGUIREMOS O RESPEITO ALHEIO.

Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

De que maneira as pessoas nos tratam? Sentimo-nos constantemente usados ou desrespeitados? Às vezes, permitimos que os outros nos tracem metas e objetivos sem antes nos consultar? Sabemos distinguir quando estamos doando realmente ou quando estamos sendo explorados? Respeitamos nossos valores e direitos inatos? Costumamos representar papéis de vítimas ou de perfeitos?

A pior situação é passar toda uma existência sem nos dar o devido amor e respeito. Fazendo coisas diferentes do que sentimos estamos sendo cruéis com nós mesmos. Quando nos respeitamos plenamente, mostramos como devemos ser tratados. Quanto mais respeito tivermos por nós, mais seremos respeitados, quanto menos respeito tivermos, menos seremos respeitados. Devemos nos auto-responsabilizar pela forma como somos tratados, pois é cômodo culpar os outros por desilusões e sofrimentos que passamos, ao contrário, é muito difícil aceitar a responsabilidade pelas nossas próprias ilusões e desenganos. Estando no controle, assumimos as rédeas de nossa vida, jamais deixando alguém nos ferir ou nos menosprezar. Ninguém é melhor que ninguém, “O sol brilha para todos...”. Quando autorizamos os outros a determinar o quanto valemos, uma sensação de vazio nos toma conta da alma. Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos , nos outros, a mesma dignidade que damos a nós.

NUM FUTURO BREVE, QUANDO A MULHER SE LEGITIMAR PELO QUE É E POR ONDE QUER CHEGAR, ADQUIRIRÁ RESPEITO – DOS OUTROS E DE SI MESMA.

Consulta Kardec a Espiritualidade Maior, na terceira parte, capítulo IX, de O livro dos Espíritos: “De onde se origina a inferioridade moral da mulher em certos países?”. E os Obreiros do bem responde: “Do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.”

Interessante, que tudo se inicia na geração de uma alma, no embrião que está se formando, na família que o recebe. A importância da criação dos filhos, os valores, a educação, o respeito que os pais passam de gerações em gerações. Podemos notar de um modo geral a formação machista que as crianças recebem na infância, e que as influenciam por toda a vida. Homens são treinados para serem fortes, corajosos, agressivos, seguros, bem-sucedidos e auto-suficientes. Por milênios o machismo foi, e é, um conjunto de normas, costumes, leis e atitudes que tem por finalidade criar e manter a submissão da mulher em todos os níveis: afetivo, sexual, procriativo e profissional. Quando a mulher romper esta visão de que deve ser submissa, reclusa, frágil e dependente do homem, ela recuperará toda a estrutura de poder e o senso de iniciativa. No entanto muitas mulheres, de forma inconsciente, compartilham do machismo na medida em que não notam as estruturas psicológicas de “hegemonia masculina” que regula suas relações afetivas e sociais. Elas podem reproduzir, sem perceber, na educação dos filhos, sejam eles homens ou mulheres, a idéia machista que se perpetua ao longo do tempo. A mulher deve se aperceber que possui uma extraordinária capacidade de realizar mudanças positivas. Ela como o homem, tem um mundo diante de si, e todos podem crescer até onde permite sua capacidade, seu dom, e seu talento nato. Estamos em constante mutação: física, mental, emocional e espiritual. A mulher, se legitimar e Renovar seu modo de sentir, pensar e agir, irá desfazer a visão machista gradativamente. Fazendo nascer em seu lugar a amizade, o respeito e a cooperação entre os seres humanos, independente de sexo, para não correr o risco de repetir erros de escolhas (sejam conjugais, profissionais, educacionais ou de vida). Acabando assim, por alimentar o ciclo vicioso do machismo.

O amor cristão não considera os papéis sexuais, e sim encoraja todos os seres a exprimir a liberdade, o respeito e o amor uns pelos outro.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Palestra: Crueldade


Iniciando o ciclo "Dores e Prazeres da Alma", baseado na obra de Hammed, Luís Dias realizou a seguinte palestra em nosso centro, no dia 11 de Julho, sobre o tema "Crueldade":

Significado de Crueldade

Prazer que se experimenta em fazer sofrer ou ver sofrer.
Ferocidade de um animal: a crueldade do tigre.
Dureza, rigor: a crueldade do destino.
Que manifesta um sentimento cruel: a crueldade de um ato.
Ação cruel: reprimir as crueldades.

Nos apontamentos contidos neste livro, denominados, “sete pecados capitais”, como as “dores da alma”. São eles: o orgulho, a preguiça, a raiva, a inveja,a gula, a luxúria e a avareza. Na atualidade, graças a valioso concurso das doutrinas psíquicas, de modo geral, a da psicologia espírita, especificadamente, esses “pecados” são considerados mais como desajustes, neuroses ou desequilíbrios íntimos. Em verdade os “pecadores” precisam mais de auto-análise, reparação e tratamento do que de condenação, repressão ou castigo.

Entendemos que as “dores da alma” são fases naturais da evolução terrena, nas quais estagiam todos os seres em crescimento espiritual, aprendendo a usar convenientemente, seus impulsos inatos ou forças interiores.

As pessoas, entretanto, tendem a condenar e punir, olvidando-se de que todos somos alunos, não malfeitores, na escola da vida; que as “dores da alma” são as educadoras ou instrutoras particulares que a Harmonia da Vida nos concedeu, para vencermos bloqueios e obstáculos íntimos.

HAMMED, 8 de julho de 1998

A AUTOCRUELDADE É, SEM DÚVIDA, A MAIS DISSIMULADA DE TODAS AS OPRESSÕES:

De todas as violências que padecemos, as que fazemos a nós mesmos são as mais dolorosas, acabamos por nos cercar literalmente de obstáculos que nos prendem a nós mesmos (sufocamos). A causa básica do “autotormento” consiste em algo muito simples: viver a própria vida nos termos estabelecidos pela aprovação alheia. Quando tentamos agradar a todos o tempo todo, conquistando sorrisos e elogio, acabamos pagando um preço muito alto, o de ficar distante de si mesmo. Pensar, agir e defender nossos íntimos ideais, respeitando sempre ao próximo, é imunização para autocrueldade. Não devemos temer o julgamento alheio e de opiniões contrárias. Se, erramos, assumimos a responsabilidade pelos nossos desencontros e desacertos, aprendendo os ensinamentos da lição vivenciada. Estar alheio ou sair de si mesmo, na ânsia de ser amado por todos aqueles que consideram modelos importantes, será uma meta alienada e inatingível. O único modo de alcançar a felicidade é viver, particularmente, a própria vida e com segurança! Exerçamos a individualidade, já que cada ser, cada alma é única e reponde por si.

CADA ATO DE AGRESSIVIDADE QUE OCORRE NESTE MUNDO TEM COMO ORIGEM BÁSICA UMA CRIATURA QUE AINDA NÃO APRENDEU A AMAR:

A pena de morte é exercida deste a antiguidade, por vários povos e pelas mais variadas formas, deste enforcamento ate a cremação viva. Sempre levando em conta a lei de Talião: Olho por olho dente por dente. É triste observar na história, atos terríveis de personalidades do passado, com sua natureza primitiva e rudimentar, inata nas almas em seus primeiros passos de ascensão espiritual. Difícil avaliarmos atos mais perversos e sanguinários: se os realizados pelos executores, ou pelos executados. Cabe lembrar que pessoas lutam, matam ate hoje em nome de Deus, para justificar suas crenças religiosas. Todas estas atrocidades são provenientes do enrijecimento humano, em processo embrionário de desenvolvimento espiritual. A espiritualidade, na terceira parte, capitulo VI, de “ O livro dos espíritos”, expões: “(...) o senso moral, existe, como princípio, em todos os homens (...) dos seres cruéis fará mais tarde seres bons e humanos (...)”

O processo natural da aprendizagem e da expansão da consciência, faz com que deixemos para trás o os atos bárbaros e as crueldades, convertendo os atos agressivos em atitudes sensatas e humanas. Consagrando assim o grande objetivo da humanidade: A Evolução.

“Por trás de todo ato de crueldade, sempre existe um pedido de socorro.” Como auxilio oferecemos o Amor.

Um belo exemplo é a crueldade realizada contra Jesus Cristo em suas últimas horas de vida. Para os judeus a tortura que cometeram, era normal para a época, mas eis que um condenado fez a diferença, e ao invés de medo, raiva, vingança ou qualquer outro sentimento que lhe caberia na hora, simplesmente considerou a infância espiritual de seus algozes e disse: Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem. Amor X Crueldade. Sendo assim o Amor sempre vencerá!!!

Trechos extraídos do livro “As dores da alma” por HAMMED.



terça-feira, 19 de julho de 2011

Muito obrigada!


Nossa comemoração de aniversário foi muito especial!
Agradecemos a todos os amigos que fizeram esse momento ser cheio de emoção e alegria.
Agradecemos a Deus a bênção de estarmos juntos nessa casa e rogamos que ele nos permita muitos mais anos nesse caminho de luz!
Que assim seja.

(Na foto, Yasmin Silveira, nossa diretora espiritual e pedagógica, e Rejane Dias, grande amiga e mãezona dos nossos colegas Luís e Alexandre. Mais fotos no nosso grupo do Facebook: Casa do Sol)

sábado, 16 de julho de 2011

Passe Comemorativo


Nessa segunda-feira, dia 18 de julho, nosso passe será especial: convidamos todos os amigos a comparecerem para comemorarmos juntos o aniversário de dois anos da Casa do Sol Centro Espírita!
Temos muito a comemorar e agradecer e queremos fazer isso junto com todos que fazem esse trabalho acontecer!

Te esperamos lá! É dia 18 de julho, às 19h30min, na Casa do Sol.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Festa da Solidariedade


É com muita alegria que anunciamos o sucesso absoluto da campanha de arrecadação de alimentos e agasalhos empreendida pelo grupo Casa do Sol em parceria com as produtoras College Rock e New Fever no evento New College Festival ocorrido neste sábado, dia 9 de julho, no Pepsi on Stage.
Só temos a agradecer a oportunidade de comemorarmos o aniversário de nossa humilde casa com uma festa tão bonita - de muito trabalho, cooperação e boa vontade.
Em especial queremos transmitir nosso muito obrigado aos voluntários - cerca de 60 pessoas - que se dispuseram a trabalhar da tarde de sábado à madrugada de domingo para chegarmos ao maravilhoso número de 4960 quilos de alimentos arrecadados e cerca de 2 mil agasalhos, que foram entregues na mesma noite para sete entidades assistenciais de Porto Alegre, a saber: Associação Educacional e Beneficiente Emanuel, Instituto Espírita Dias da Cruz, Associação Beneficiente Prato Cheio, Casa da Sopa, Grupo Pequeninos de Cristo, Sociedade Portoalegrense de Auxílio aos Necessitados (SPAAN) e Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário (FAESP).
Queremos agradecer também às produtoras pela confiança depositada no nosso trabalho, especialmente pelo amigo Juliano (foto) que propiciou e apostou nesse encontro frutífero.
Esperamos com ansiedade pela próxima oportunidade de trabalharmos a nossa solidariedade e companheirismo!
MUITO OBRIGADA A TODOS E PARABÉNS!!

Na foto, Yasmin (coordenadora espiritual da casa), Juliano (produtor) e Khalild (presidente da casa). Confira mais no link:https://skydrive.live.com/?cid=61ee11c9e3c7a792&sc=photos&Bsrc=Photomail&Bpub=SDX.Photos&id=61EE11C9E3C7A792%21858
e no nosso grupo do Facebook: Casa do Sol.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Hoje é dia de festa!!


É com muita alegria que hoje comemoramos o dois anos de constituição do nosso Centro Espírita Casa do Sol!
Agradecemos a Deus a benção de poder trabalhar por essa obra que nos faz tão felizes e ao apoio de todos os amigos e frequentadores dessa casa de amor.
O grupo espírita Casa do Sol iniciou seus trabalhos há mais de dez anos sob a coordenação do querido Dimas Silveira, mas foi há dois anos que realizamos o sonho de constituir uma casa que permita a autonomia, ampliação e desenvolvimento do trabalho espírita e apométrico.
Esse sonho vem se realizando a cada dia. Que Ele nos ilumine e permita que essa casa seja um ponto de luz por muitos anos!

domingo, 1 de maio de 2011

Devagar e sempre – uma jornada da consciência



Palestra apresentada por Rita Pereira Barboza em 25 de Abril de 2011 no Centro Espírita Casa do Sol.

Para decidir a temática dessa palestra eu pensei: “o que eu estou precisando aprender?” – afinal sempre aprendemos muito quando precisamos ensinar ou passar uma mensagem a alguém.

Então eu pensei num problema que enfrento constantemente. Muitas vezes, ao fim do dia, quando vou parar para fazer minhas preces e descansar, minha mente não se aquieta, de forma que não consigo me concentrar nessa atividade tão importante para mim. Como resultado, ou não faço minha oração, ou acabo proferindo mentalmente uma seqüência de discursos vazios e mecânicos que sabemos que não têm nada a ver com a verdadeira conversa com Deus. Acredito que todos nós já enfrentamos esse estado mental em alguns momentos de nossas vidas: quando precisamos e queremos nos concentrar em alguma coisa, mas não conseguimos em função de preocupações, ansiedades, mágoas e outros sentimentos e pensamentos. No centro espírita também devemos buscar um estado de concentração, que requer nosso esforço e dedicação, e nem sempre é fácil.

Nossas vidas são tão agitadas, cheias de acontecimentos e informações, que fica difícil pararmos um pouco para escutarmos nosso coração e os sinais de Deus à nossa volta. Mas, se em nenhum momento do dia conseguirmos ter um pouco de introspecção e reflexão sobre nossas vidas, como poderemos fazer melhor no dia seguinte? Pensando nisso resolvi estudar formas de melhorar nosso relacionamento com a consciência, ou seja, com a nossa alma.

Segundo “o livro dos espíritos”, de Allan Kardec, (questão 621) o homem carrega em sua consciência todas as leis divinas. Essas leis estão inscritas por toda a parte, no livro da natureza. Sendo assim, sempre que buscar o conhecimento, o homem poderá encontrá-lo germinado em sua intuição. A palavra consciência aqui não deve ser entendida como razão intelectual, mas como sinônimo de alma, ou seja, o estado íntimo em que nos encontramos com o sagrado, com Deus. Então como poderemos escutar melhor nossa consciência?

Uma demonstração da presença divina na natureza e na consciência da humanidade é o fato de que diversas filosofias constituídas em diferentes épocas e culturas no mundo compartilham as mesmas bases e lições como a compaixão, o perdão, a fé, a paciência e a paz. No trabalho com a busca da consciência e da auto-reflexão, o Budismo e a Yoga, por exemplo, podem indicar caminhos importantes. Diversas filosofias orientais trabalham com a técnica da meditação para a busca do que chamam “iluminação”. Com a meditação o homem tem a possibilidade de encontrar dentro de si as respostas e a orientação para sua vida. Foi através dela que os Budas encontraram a iluminação.

A meditação é, em essência, o treinamento sistemático da atenção e tem como objetivo aumentar nossa concentração e enriquecer nossa percepção, tranqüilizando a mente e relaxando o corpo. O benefícios e as formas de meditação são inúmeros. Meditar diariamente nos auxilia a desligar-nos do stress, trazendo calma e energia para enfrentarmos melhor os desafios cotidianos. Ao final da palestra vamos fazer um pequeno exercício para nos aproximarmos de uma das técnicas de meditação.

Sidarta Gautama, o fundador do budismo, dizia: “a pessoa sábia, que corre quando é hora de correr e que diminui o ritmo quando é hora de diminuir, é profundamente feliz, porque tem suas prioridades bem estabelecidas”. Ora, esse ritmo só pode ser estabelecido a partir de um conhecimento profundo de si e de sua relação com o mundo.

Para falar sobre consciência é preciso falar sobre tempo. É importante estarmos conectados com nosso momento atual para viver de forma consciente. No livro “Os prazeres da alma”, Hammed ensina que “viver prazerosamente fundamenta-se em ver com clareza íntima como estão agindo em nós o desejo e o apego. No desejo corremos ansiosamente a fim de conquistar a qualquer preço o que não temos. No apego, paralisamos o passo, agarrando-nos a tudo o que já possuímos. (...) As emoções são nossos principais informantes sobre nosso mundo interior e exterior”.

Na semana passada tive a oportunidade de ler uma mensagem sobre o ritmo das nossas vidas que me auxiliou muito a pensar sobre a questão do tempo. Ela diz:

“Devagar e sempre. Na vida as coisas às vezes andam devagar. Mas é importante não parar, porque começar tudo de novo é muito mais difícil. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso. Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, não desista, faça uma coisa pequena, mas continue andando e fazendo. O que pode parecer fora do alcance pela manhã poderá estar um pouco mais próximo ao anoitecer se você continuar se movendo para frente. A cada momento intenso e apaixonado que dedicas ao teu objetivo, um pouquinho mais ele se aproxima de ti. Então continue andando e fazendo. Existe alguma coisa que podes fazer hoje, agora, neste exato momento. Pode não ser muito, mas vai mantê-lo no jogo. Então, vá o mais rápido que PUDER, mas não tema ir devagar quando for obrigado. Seja lá qual for o seu objetivo continue. O importante é não parar”.

A meditação através da respiração é uma das mais simples e mais usadas. Buda usava esse tipo de meditação, e ela é usada até hoje na escola Zen. Existem muitas formas de meditação, focadas em objetivos específicos como a cura de doenças ou fobias, ou com o objetivo amplo da concentração. Cada um pode buscar uma forma que lhe traga mais conforto e benefícios.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

MISSÃO


Palestra apresentada por Alexandre Dias em 11 de Abril de 2011 no Centro Espírita Casa do Sol

01) Será que temos consciência da nossa Missão nesta vida???

a) Estamos atingindo nossos objetivos?

b) Se não temos claro os nossos objetivos, como saberemos se o estamos alcançando?

c) Para mim nosso objetivo é ser feliz e buscar o crescimento => SER ANJO.
Como fazemos isso? Nos melhorando!

Dicas para atingir objetivos? Determine objetivos de curto e médio prazos

02) Trabalhar nossas maiores dificuldades

03) Nos envolvemos com os mesmos tipos de problemas e pessoas (está relacionado com nossas dificuldades)

04) Estamos no local apropriado para auxiliar o próximo.

05) Estamos onde merecemos estar

06) Estamos onde sabemos estar.

07) Temos as ferramentas que sabemos usar (físico, beleza, poder...)

08) Importância dos momentos de reflexão para analisar o que está sendo feito de correto. Não esperar o final da encarnação para fazer o “balanço”.

09) O sucesso dos outros não é nossa responsabilidade. Nossa responsabilidade é de auxiliá-los a encontrar o caminho.

10) Cada um possui o seu “time”, sua velocidade e o seu momento. Podem estar fazendo menos do que nós mas ter um merecimento maior pelo fato do esforço ser maior.

11) De quem mais se sabe mais será cobrado.

12) Importância de enxergar as conquistas e reconhecê-las.

13) Não desanime com os insucessos.
a) Thomas Edison fez duas mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele tinha a dizer de tantos fracassos. Ele respondeu: “Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de dói mil passos”... Tudo depende de ponto de vista...
b) Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, em 1876, não tocou o coração dos financiadores com o aparelho. O Presidente Rutherford Hayes disse: “É uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isto?”.
c) Ao recusar um grupo de rock inglês chamado The Beatles, um executivo da Decca Recording Company disse: “Não gostamos do som, Esses grupos de guitarra já eram.”
d) Em 1954, Jimmy Denny, gerente do Grand Olé Opry, despediu Elvis Presley no fim da primeira apresentação, dizendo: “Você não tem a menor chance, meu filho. Melhor continuar motorista de caminhão.”

14) Recebemos mais do que merecemos e nos é cobrado muito menos do que devemos

15) A vida é o trajeto que percorremos enquanto buscamos atingir nossos objetivos.

16) Para quem acredita em reencarnação, nunca é tarde para recomeçar

PRÁ REFLETIR:

Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, dormindo apenas quatro horas por dia. Dorme ali mesmo, entre um pequeno torno e algumas ferramentas espalhadas. Para poder continuar seus negócios, empenha sua casa e as jóias da esposa.

Quando, finalmente, apresenta o resultado de seu trabalho a uma grande empresa, recebe a resposta que seu produto não atende o padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não! Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da chacota de seus colegas e de alguns professores, que o chamam de "louco".

O homem fica ofendido? Não! Dois anos depois de haver concluído o curso de Qualidade, a empresa que o recusara finalmente fecha contrato com ele.

Seis meses depois, vem a guerra. Sua fábrica é bombardeada duas vezes. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa.

Você pensará, é claro: bom, agora sim, ele desiste! Mais uma vez, não!

Imediatamente após a guerra há uma escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar alimentos para sua família.

Ele entra em pânico e decide não mais continuar seus propósitos? Não!

Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem as chamadas "bicicletas motorizadas". A demanda por motores aumenta e logo ele não conseguiria atender todos os pedidos! Decide montar uma fábrica para a novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia parece excelente, consegue ajuda de 3.500 lojas, as quais lhe adiantam uma pequena quantidade de dinheiro...

Hoje, a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística! Esta conquista foi possível porque o Sr. Soichiro Honda, o homem de nossa história, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Em nossas vidas... Quantos de nós desistimos por muito menos? Quantas vezes o fazemos antes de enfrentar minúsculos problemas? Todas as coisas são possíveis, quando sustentadas por um sonho e valores consistentes.

Tome a decisão de um vencedor... Jamais desista!!!


Vai desistir??? Pense bem!!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O 2º Natal Sol foi um sucesso!


Mesmo que com um pouco de atraso, não podemos deixar se registrar que o 2º Natal Sol promovido pela casa no dia 11 de dezembro de 2010, foi um sucesso!
A energia de todos encheu a casa de alegria e amor.
A festa teve brincadeiras, amigo secreto, sorteio de brindes e muita dança.
O quadro "Primavera" de Bia Hirt que estava sendo rifado teve como ganhador o sr.Sérgio Oliveira de Almeida e rendeu R$746 reais para as obras da casa.
Queremos agradecer a todos pela colaboração e pela presença fundamental nesse momento especial para todos nós! E vamos nos preparar para muitas comemorações nesse ano de 2011!
Você pode conferir mais fotos dessa festa no nosso grupo do Facebook.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Resultados da Campanha White Martins


Com a união e os esforços dos colaborades, da White Martins e da Praxair Fondation, o montante arrecadado pela campanha em prol das vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro alcançou o valor total de R$111 mil.

Essa marca foi possível graças a solidariedade de todos os colaboradores.

Na contrapartida, a White Martins, além de dobrar o valor arrecadado pelos seus funcionários, optou também em doar uma quantia a mais, considerando as proporções da maior tragédia climática do Brasil.

As duas instituições beneficiadas foram a Cruz Vermelha e o Instituto da Criança, que já estão utilizando os recursos das seguintes formas:

- Cruz Vermelha: Foram montados Núcleos de Convivência para orientar as comunidades sobre higiene, destino do lixo e outras atitudes que podem evitar a proliferação de doenças e novas enchentes.

- Instituto da Criança: o programa Minha ajuda - Sua casa vai construir e reformar casas nas cidades afetadas.


Agradecemos a todos pela colaboração e seguimos em campanha de auxílio a essas e outras instituições.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ajuda às vítimas das enchentes


Nesse momento que nosso país e nossos irmãos do Rio de Janeiro e Santa Catarina passam por uma prova extremamente difícil como a de enfrentar as tragédias ocasionadas pelas chuvas, nosso Centro quer ser mais um ponto de Luz a estender as mãos e ajudar no que for possível essas famílias tão abaladas.

Para tanto, estamos abrindo duas frentes iniciais de auxílio providencial. Estamos recebendo, em nossa sede, doações que serão encaminhadas à Defesa Civil para serem transportadas para os locais mais necessitados de forma organizada e idônea. No momento, a prioridade para doação é de: alimentos não-perecíveis embalados em plástico ou lata, produtos de higiene pessoal e doméstica, e água. Aqueles que quiserem encaminhar diretamente sua contribuição podem dirigir-se ao armazém A7 do Cais do Porto das 8h às 20h, sob responsabilidade do Tenente Josué.
Estamos sugerindo que juntamente às doações sejam colocadas cartas, orações, mensagens de amor e otimismo para essas pessoas que certamente estão também carentes de afeto e consolo.

A segunda frente de trabalho se dará através da Empresa White Martins, na qual trabalha uma de nossas colegas do grupo. Essa empresa está disponibilizando uma conta corrente para doações em dinheiro até dia 7 de fevereiro e se compromete a dobrar o valor arrecadado e doar diretamente à Cruz Vermelha, entidade que está atuando junto às famílias desabrigadas. Seguem abaixo os dados da conta.

White Martins Gases Industriais Ltda
Banco do Brasil SA - 001
Agência: 3309-X
Conta Corrente: 5731-2

No entanto, é preciso estar atento às seguintes informações:
• Você tem até o dia 7 de fevereiro para efetuar sua doação.
• Em caso de TED ou DOC, é obrigatório informar o CNPJ da
GILDA (35.820.448/0001-36).
• No comprovante de depósito, sairá impresso: White
Doações Região Serrana.
• Esta conta foi aberta especialmente para esta ação e será
encerrada após o dia 7 de fevereiro de 2011.

Agradecemos e convocamos a todos para fazermos um grande mutirão de auxílio a esses irmãos em cristo!