Palestra proferida em 22 de Novembro de 2010 por Yasmin
Meus amores!
Hoje gostaria de conversar sobre a gratidão. Certa vez entrou no meu consultório uma paciente e ao encontrá-la comentei:
- Hoje eu gostaria de te contar um sonho!
Esta noite sonhei que você estava na recepção da clínica e lia um livro de nome Gratidão, cuja autora era Louise Hay. Me senti enormemente atraída para ler o livro. E então acordei. Brinquei com ela que poderia interpretar...
Perguntei então se ela já tinha lido este livro. Ela me disse que não, e que achava que ele não existia, ativa leitora e fã de Louise Hay já o teria pelo menos visto. Me disse iria procurar na Internet. Na semana seguinte veio o veredito: Não existia o livro. Passa-se o tempo e em certo aniversário a recebo no consultório, ela de livro em punho: Gratidão – Louise Hay. Escrito muitos anos antes mas nunca antes traduzido para o português e não editado no Brasil. O que vou dizer a vocês? Milagres da vida!!! Amei a leitura e por isso hoje falarei sobre o tema. O livro é excepcional e recomendo a todos.
Concordo com Louise Hay quando ela afirma que o Universo ama a gratidão.
Tenho observado e visto que quanto mais amorável, amável e grata é uma pessoa mais tudo brilha para ela. Mas também vejo que quanto mais amarga, triste e ressentida a pessoa se encontra... mais travada sua vida fica.
Concordo também quando ela diz que quanto mais agradecidos formos, maiores serão os benefícios que obteremos.
Quando falo em benefícios falo em todos os tipos:
· Crescimento espiritual e pessoal
· Saúde
· Boas relações
· Amor
· Amizade
· Crescimento profissional
· Maiores e melhores bens materiais
Mas que mágica é esta que transforma gratidão em tantas coisas boas? É sobre este entendimento que eu gostaria de falar com vocês.
Dividi o trabalho em pequenas histórias e lições para que juntos possamos começar a construir na Casa do Sol um mutirão de gratidão.
Lição 1 - A casa de Samantha
Um sábado, após fazer uma excursão à Pizza Hut, ao Shopping Center e ao cinema, levei minha afilhada Samantha de volta à casa onde sua família estava morando. Quando nos desviamos da estrada principal, entrando num caminho poeirento que levava à sua casa, meu coração se partiu ao ver que ela e seus pais estavam morando num velho ônibus escolar, no meio de um campo.
Quando Samatha me mostrou os aposentos onde sua família estava instalada, comecei a me sentir triste pelo fato desta garotinha, a quem eu amava tanto, estar crescendo num ambiente de tão má qualidade. Quando meus olhos pousaram, dolorosamente, sobre as soldas enferrujadas das paredes de metal, as janelas rachadas e um telhado que vazava, percebi que sua família tinha caído em meio a um tipo de vida no qual a forma de subsistência era miserável. E eu queria salvá-la desta árida e difícil situação.
Olhando para mim com seus grandes olhos castanhos, Samantha perguntou:
-Você gostaria de ver meu quarto?
- Está bem – respondi hesitante.
A criança pegou a minha mão e me guiou para cima seguindo por uma escada improvisada que levava a um pequeno anexo de madeira que tinha sido imposto sobre o telhado do ônibus. Estremeci ao observar que seu quarto se encontrava nas mesmas condições que o restante do lugar, sendo apenas precariamente habitável.
Ao olhar em torno, reparei em um elemento absolutamente atraente da residência, uma tapeçaria colorida pendurada sobre a única parte do quarto que poderia ser chamada de parede.
Como você se sente morando aqui? – Perguntei, esperando receber da menina uma resposta mal humorada.
Em vez disso, e para minha surpresa, seu rosto se iluminou.
- Adoro a minha parede! Ela responde, dando uma risadinha.
Fiquei atordoada ao receber a resposta. Samantha não estava brincando. Na verdade ela gostava do lugar por causa de sua parede colorida Aquela criança tinha encontrado um toque de céu em meio ao inferno em que vivia, e foi neste detalhe que ela escolheu para se concentrar. Ela se sentia feliz.
Esta criança de 10 anos encarava a vida sob a ótica da apreciação, e isto fazia toda a diferença.
Comecei a pensar em todas as coisas de minha vida das quais tinha me queixado.
Percebi que durante muito tempo em minha vida ao centrar minhas atenções no que não havia, eu estivera perdendo o que havia.
Comecei a compreender que a gratidão não deveria ser o resultado das coisas que acontecem conosco, ela deveria ser uma atitude cultivada com a prática. Quanto mais gratos somos, mais encontramos coisas às quais deveremos ser gratos.
Tudo começou com a mudança da atitude crítica de queixa para a de benção.
O primeiro passo que eu precisava dar, para conseguir o amor que queria, era valorizar o amor que já tinha. O universo sempre lhe dá mais daquilo em que você está concentrado.
Jesus ensinou: “Para aquele que tem, mais lhe será dado, para aquele que não tem, mais lhe será tirado”
Com esta afirmação, Jesus estava explicando um princípio metafísico super importante, que é a chave para a manifestação da abundância. Jesus estava ensinando a importância de se concentrar no que temos ou queremos, em vez de no que falta ou não temos.
Lição 2 – Os tipos de gratidão
Pensamos em gratidão como uma palavra apreciativa, ou uma ação praticada em um ato de bondade que alguém teve conosco.
Dizer obrigado, mesmo quando eu não me sentia realmente agradecida, foi parte inicial do meu treinamento Nossos pais nos ensinaram a dizê-lo como parte de nossa educação.
A gratidão pode se transformar numa resposta automática a qualquer situação que nos beneficia e, com freqüência, é dada sem a consciência dos muitos benefícios que ela traz.
E aqui a palavra mais importante é consciência!!! Consciência da amplitude do que estamos ganhando!!!
É preciso focarmos a nossa atenção caso contrário a gratidão pode se tornar tão estilizada e impessoal que seu significado real acaba se perdendo. Achamos que é óbvio, e uma obrigação dos céus, ganharmos, quando cada pequeno ganho é uma benção, uma concessão.
Fiquei pensando no que verdadeira gratidão poderia fazer por nós. Comecei uma pequena lista e conto com vocês para na continuação dos nossos encontros sobre a gratidão possam ir cada vez mais ampliando esta percepção inicial.
1 – Em primeiro lugar a gratidão tem poderes muito revigorantes. Há muito tempo descobri que ser grata tinha me ajudado a ultrapassar o sentimento de pena por mim mesma.
2 – Em segundo lugar a valorização que atribuía aos outros sempre elevava meu próprio nível de felicidade. Sempre que eu achava que não estava me sentindo valorizada, eu fazia uma relação de todas as coisas boas que tinha, sentia, vivia, ou que tinham me acontecido e a minha perspectiva mudava instantaneamente.
3. Ser grata ao que tenho e sou é também um meio eficiente de deixar de lado uma sensação de perda. A gratidão é um excelente modo de desviar minha concentração das situações negativas, e colocar minha atenção no que é positivo.
Tudo que somos, sentimos ou temos pode ser melhor, mas também poderia ser pior. Ser grato nos tira dos efeitos comparativos a que tanto fomos submetidos. A atenção generosa para com a gratidão nos retira das profundezas das lamentações.
4 – Outra coisa que percebi em relação ao fato de me sentir agradecido foi que eu poderia estender minha alegria presente para tempos passados, através da manutenção de pensamentos de gratidão em relação a pessoas e acontecimentos anteriores.
5 – Também não excluo as lembranças desagradáveis de meu sentimento de gratidão. Ser grato àquelas pessoas que achamos que nos magoaram pode ser mais difícil, embora seja muito eficiente para curar as mágoas do passado. Chamo a isto gratidão incondicional. Sentimos gratidão incondicional por todos, independente de acharmos se uma determinada pessoa merece ou não que sejamos gratos a ela.
É relativamente fácil sentir-se grato quando coisas boas estão nos acontecendo e a vida está caminhando do jeito que queremos que caminhe. Então, assumimos, com freqüência, as coisas como certas. Parece muito bom arrumar um momento para manifestar nossa apreciação a outras pessoas, à terra, à natureza, à vida!!
Mas um desafio muito maior é entrar em contato com a gratidão quando estamos passando por um período difícil, ou a vida não está andando do jeito que achamos que deveria. Nestas épocas é mais provável que nos sintamos magoados, confusos ou ressentidos, o que é perfeitamente natural. A gratidão, nestas horas, é a última coisa que nos ocorreria manifestar. Houve épocas, em minha vida, em que tive mais vontade de dar uma banana para o universo, enquanto imaginava por que motivo ele estava me desferindo um golpe tão cruel.
No entanto, é interessante notar que, depois de passarmos por um período difícil e ao fazer o retrospecto do que nos aconteceu, podemos perceber, com freqüência, que houve algo de importante e necessário contido naquela experiência.
Talvez não cheguemos a esta perspectiva senão meses ou até anos mais tarde depois de o fato ter ocorrido, mas no fim acabaremos percebendo que houve uma lição importante que foi aprendida, um aprofundamento de nossa sabedoria, um despertar, ou talvez uma nova porta que se abriu em nossa vida, como um resultado de acontecimentos que, à época em que ocorreram, pareceram negativos.
Na sua grande maioria as lições mais difíceis vem para nos livrar de nossos piores inimigos internos: O orgulho, a vaidade, a arrogância e o egoísmo, todos frutos da ausência do amor e da nossa estreiteza de percepção espiritual. Os remédios podem ser amargos, mas os frutos sempre serão doces.
6 – Posso também usar a gratidão incondicional para melhorar a visualização e as lembranças que tenho de cada pessoa que cruzou a minha vida. O que funciona prá mim é procurar me lembrar apenas das coisas boas relativas a cada pessoa. Se elas forem muito difíceis e eu pouco treinada em perdoar posso agradecer por estas pessoas estarem fora da minha vida agora! Já é um princípio. Tento então deixar de lado MEUS PLANOS E DESEJOS de como acho que elas deveriam ter agido e procuro pensar numa boa qualidade que possuam. Mesmo que seja uma coisa pequena, procuro me agarrar a este pensamento e deixo que as outras lembranças paulatinamente desapareçam. Em princípio, posso até lutar para conseguir encontrar um pequeno motivo pelo qual devo ser agradecido, mas enquanto fico tentando, outras pequenas qualidades daquela pessoa vão surgindo, vagarosamente. Estas qualidades podem até não ser de meu agrado mas, enfim, são qualidades das quais outras pessoas poderiam gostar. O que é incrível é que mesmo o maior bandido tem algo de bom e sempre poderemos nos focar nisto. Até no fato de alguém que nos feriu, podemos agradecer... porque podem acreditar o que é ruim sempre poderia ter sido pior! Bem esta é a gratidão mais difícil, ... mas também a mais regeneradora. Por que a partir deste ponto posso realmente ser grata a tudo e todos, como fiéis emissários da energia do Universo a me propiciar as aprendizagens necessárias ao meu desenvolvimento.
Enquanto continuo à procura de boas qualidades, começo a perceber, depois de certo tempo, de que forma outras pessoas que pertencem a meu passado também me beneficiaram. Talvez elas nem tenham tentado me ajudar, mas meu senso de gratidão abre meus olhos a ponto de eu conseguir ver que elas me deram, na realidade, um verdadeiro presente espiritual.
Um verdadeiro presente espiritual é algo que aumenta a consciência que tenho de minha verdadeira natureza espiritual.
Para conseguir perceber a dádiva espiritual, abandono, antes, as idéias que tenho sobre como quero que as coisas sejam. Abrir a percepção e perguntar-se o que a vida esta conversando comigo ajuda sempre muito.
Eu procuro fazer perguntas a mim mesma do tipo:
- De que forma esta pessoa me ajudou a me tornar consciente de minha natureza espiritual?
- Como suas atitudes me conduziram a uma direção que beneficiou o meu crescimento?
- Mesmo que esta atitude tenha sido prejudicial a meu ser humano e físico, de que forma esta atitude elevou e apoiou meu ser espiritual?
Como você pode perceber, estas perguntas são penosas. Talvez haja o desejo de manter o outro encarcerado numa teia de censura e culpa. A gratidão incondicional, nestas situações, pode dar a impressão, a princípio, que estamos deixando as pessoas, de quem não gostamos, livres de uma situação embaraçosa. Posso assegurar, que esta atitude nos deixa livres a nós dos constrangimentos. Deixamos de viver coma ira, raiva, ódio, deixamos de ser carrascos. A gratidão, como seu irmão, o perdão, liberta, em primeiro lugar, aquele que a concede. A gratidão incondicional dissolve as grades. O Ódio não apenas nos encarcera numa minúscula cela de auto-piedade mas também nos mantém longe daqueles que estão procurando trazer amor a nossas vidas.( O ódio inclui tudo, de raiva a um desejo aparentemente inocente de evitar alguém). Nosso passado, libertado pela gratidão, liberta também nosso presente para ser como deveria.
Por fim, a dádiva mais maravilhosa que a gratidão incondicional nos dá é a clareza e visão. Ao dar minha gratidão incondicional, começo a perceber que tudo está a meu lado para abençoar. Eu realmente não consigo explicar como isto acontece, Só posso dizer que acontece. Na medida em que continuo estendendo minha gratidão a todos que estiveram em meu passado e que estão em meu presente, começo a ver que tudo que me cerca está, na verdade, em harmonia. Começo a ver que o que eu considerava como prejudicial e injusto era, na verdade, uma interpretação errônea, um julgamento defeituoso, baseado em minhas pequenas percepções da vida, muito limitada em seu alcance.
Começamos, então, a perceber os relacionamentos de realidade conectados entre si e apoiando uns aos outros. A gratidão incondicional substitui a frustração pela paz, pois sabemos então que tudo está ordenado, não por nossos pequenos desejos, mas pelos planos maiores que nosso espírito traçou com o grande Arquiteto do Universo.
Agradeço a todos a oportunidade de pensar em voz alta e deixo aqui a mensagem de nosso amado mentor Almofarejh:
Todos os cálices sorvidos,
Não importando o sabor,
Depuram quando com brandura,
Agastam quando com ranço.
Amigos em Cristo.
Paciência, fé e amor.
Força e fé,
Fé é força.
Hoje gostaria de conversar sobre a gratidão. Certa vez entrou no meu consultório uma paciente e ao encontrá-la comentei:
- Hoje eu gostaria de te contar um sonho!
Esta noite sonhei que você estava na recepção da clínica e lia um livro de nome Gratidão, cuja autora era Louise Hay. Me senti enormemente atraída para ler o livro. E então acordei. Brinquei com ela que poderia interpretar...
Perguntei então se ela já tinha lido este livro. Ela me disse que não, e que achava que ele não existia, ativa leitora e fã de Louise Hay já o teria pelo menos visto. Me disse iria procurar na Internet. Na semana seguinte veio o veredito: Não existia o livro. Passa-se o tempo e em certo aniversário a recebo no consultório, ela de livro em punho: Gratidão – Louise Hay. Escrito muitos anos antes mas nunca antes traduzido para o português e não editado no Brasil. O que vou dizer a vocês? Milagres da vida!!! Amei a leitura e por isso hoje falarei sobre o tema. O livro é excepcional e recomendo a todos.
Concordo com Louise Hay quando ela afirma que o Universo ama a gratidão.
Tenho observado e visto que quanto mais amorável, amável e grata é uma pessoa mais tudo brilha para ela. Mas também vejo que quanto mais amarga, triste e ressentida a pessoa se encontra... mais travada sua vida fica.
Concordo também quando ela diz que quanto mais agradecidos formos, maiores serão os benefícios que obteremos.
Quando falo em benefícios falo em todos os tipos:
· Crescimento espiritual e pessoal
· Saúde
· Boas relações
· Amor
· Amizade
· Crescimento profissional
· Maiores e melhores bens materiais
Mas que mágica é esta que transforma gratidão em tantas coisas boas? É sobre este entendimento que eu gostaria de falar com vocês.
Dividi o trabalho em pequenas histórias e lições para que juntos possamos começar a construir na Casa do Sol um mutirão de gratidão.
Lição 1 - A casa de Samantha
Um sábado, após fazer uma excursão à Pizza Hut, ao Shopping Center e ao cinema, levei minha afilhada Samantha de volta à casa onde sua família estava morando. Quando nos desviamos da estrada principal, entrando num caminho poeirento que levava à sua casa, meu coração se partiu ao ver que ela e seus pais estavam morando num velho ônibus escolar, no meio de um campo.
Quando Samatha me mostrou os aposentos onde sua família estava instalada, comecei a me sentir triste pelo fato desta garotinha, a quem eu amava tanto, estar crescendo num ambiente de tão má qualidade. Quando meus olhos pousaram, dolorosamente, sobre as soldas enferrujadas das paredes de metal, as janelas rachadas e um telhado que vazava, percebi que sua família tinha caído em meio a um tipo de vida no qual a forma de subsistência era miserável. E eu queria salvá-la desta árida e difícil situação.
Olhando para mim com seus grandes olhos castanhos, Samantha perguntou:
-Você gostaria de ver meu quarto?
- Está bem – respondi hesitante.
A criança pegou a minha mão e me guiou para cima seguindo por uma escada improvisada que levava a um pequeno anexo de madeira que tinha sido imposto sobre o telhado do ônibus. Estremeci ao observar que seu quarto se encontrava nas mesmas condições que o restante do lugar, sendo apenas precariamente habitável.
Ao olhar em torno, reparei em um elemento absolutamente atraente da residência, uma tapeçaria colorida pendurada sobre a única parte do quarto que poderia ser chamada de parede.
Como você se sente morando aqui? – Perguntei, esperando receber da menina uma resposta mal humorada.
Em vez disso, e para minha surpresa, seu rosto se iluminou.
- Adoro a minha parede! Ela responde, dando uma risadinha.
Fiquei atordoada ao receber a resposta. Samantha não estava brincando. Na verdade ela gostava do lugar por causa de sua parede colorida Aquela criança tinha encontrado um toque de céu em meio ao inferno em que vivia, e foi neste detalhe que ela escolheu para se concentrar. Ela se sentia feliz.
Esta criança de 10 anos encarava a vida sob a ótica da apreciação, e isto fazia toda a diferença.
Comecei a pensar em todas as coisas de minha vida das quais tinha me queixado.
Percebi que durante muito tempo em minha vida ao centrar minhas atenções no que não havia, eu estivera perdendo o que havia.
Comecei a compreender que a gratidão não deveria ser o resultado das coisas que acontecem conosco, ela deveria ser uma atitude cultivada com a prática. Quanto mais gratos somos, mais encontramos coisas às quais deveremos ser gratos.
Tudo começou com a mudança da atitude crítica de queixa para a de benção.
O primeiro passo que eu precisava dar, para conseguir o amor que queria, era valorizar o amor que já tinha. O universo sempre lhe dá mais daquilo em que você está concentrado.
Jesus ensinou: “Para aquele que tem, mais lhe será dado, para aquele que não tem, mais lhe será tirado”
Com esta afirmação, Jesus estava explicando um princípio metafísico super importante, que é a chave para a manifestação da abundância. Jesus estava ensinando a importância de se concentrar no que temos ou queremos, em vez de no que falta ou não temos.
Lição 2 – Os tipos de gratidão
Pensamos em gratidão como uma palavra apreciativa, ou uma ação praticada em um ato de bondade que alguém teve conosco.
Dizer obrigado, mesmo quando eu não me sentia realmente agradecida, foi parte inicial do meu treinamento Nossos pais nos ensinaram a dizê-lo como parte de nossa educação.
A gratidão pode se transformar numa resposta automática a qualquer situação que nos beneficia e, com freqüência, é dada sem a consciência dos muitos benefícios que ela traz.
E aqui a palavra mais importante é consciência!!! Consciência da amplitude do que estamos ganhando!!!
É preciso focarmos a nossa atenção caso contrário a gratidão pode se tornar tão estilizada e impessoal que seu significado real acaba se perdendo. Achamos que é óbvio, e uma obrigação dos céus, ganharmos, quando cada pequeno ganho é uma benção, uma concessão.
Fiquei pensando no que verdadeira gratidão poderia fazer por nós. Comecei uma pequena lista e conto com vocês para na continuação dos nossos encontros sobre a gratidão possam ir cada vez mais ampliando esta percepção inicial.
1 – Em primeiro lugar a gratidão tem poderes muito revigorantes. Há muito tempo descobri que ser grata tinha me ajudado a ultrapassar o sentimento de pena por mim mesma.
2 – Em segundo lugar a valorização que atribuía aos outros sempre elevava meu próprio nível de felicidade. Sempre que eu achava que não estava me sentindo valorizada, eu fazia uma relação de todas as coisas boas que tinha, sentia, vivia, ou que tinham me acontecido e a minha perspectiva mudava instantaneamente.
3. Ser grata ao que tenho e sou é também um meio eficiente de deixar de lado uma sensação de perda. A gratidão é um excelente modo de desviar minha concentração das situações negativas, e colocar minha atenção no que é positivo.
Tudo que somos, sentimos ou temos pode ser melhor, mas também poderia ser pior. Ser grato nos tira dos efeitos comparativos a que tanto fomos submetidos. A atenção generosa para com a gratidão nos retira das profundezas das lamentações.
4 – Outra coisa que percebi em relação ao fato de me sentir agradecido foi que eu poderia estender minha alegria presente para tempos passados, através da manutenção de pensamentos de gratidão em relação a pessoas e acontecimentos anteriores.
5 – Também não excluo as lembranças desagradáveis de meu sentimento de gratidão. Ser grato àquelas pessoas que achamos que nos magoaram pode ser mais difícil, embora seja muito eficiente para curar as mágoas do passado. Chamo a isto gratidão incondicional. Sentimos gratidão incondicional por todos, independente de acharmos se uma determinada pessoa merece ou não que sejamos gratos a ela.
É relativamente fácil sentir-se grato quando coisas boas estão nos acontecendo e a vida está caminhando do jeito que queremos que caminhe. Então, assumimos, com freqüência, as coisas como certas. Parece muito bom arrumar um momento para manifestar nossa apreciação a outras pessoas, à terra, à natureza, à vida!!
Mas um desafio muito maior é entrar em contato com a gratidão quando estamos passando por um período difícil, ou a vida não está andando do jeito que achamos que deveria. Nestas épocas é mais provável que nos sintamos magoados, confusos ou ressentidos, o que é perfeitamente natural. A gratidão, nestas horas, é a última coisa que nos ocorreria manifestar. Houve épocas, em minha vida, em que tive mais vontade de dar uma banana para o universo, enquanto imaginava por que motivo ele estava me desferindo um golpe tão cruel.
No entanto, é interessante notar que, depois de passarmos por um período difícil e ao fazer o retrospecto do que nos aconteceu, podemos perceber, com freqüência, que houve algo de importante e necessário contido naquela experiência.
Talvez não cheguemos a esta perspectiva senão meses ou até anos mais tarde depois de o fato ter ocorrido, mas no fim acabaremos percebendo que houve uma lição importante que foi aprendida, um aprofundamento de nossa sabedoria, um despertar, ou talvez uma nova porta que se abriu em nossa vida, como um resultado de acontecimentos que, à época em que ocorreram, pareceram negativos.
Na sua grande maioria as lições mais difíceis vem para nos livrar de nossos piores inimigos internos: O orgulho, a vaidade, a arrogância e o egoísmo, todos frutos da ausência do amor e da nossa estreiteza de percepção espiritual. Os remédios podem ser amargos, mas os frutos sempre serão doces.
6 – Posso também usar a gratidão incondicional para melhorar a visualização e as lembranças que tenho de cada pessoa que cruzou a minha vida. O que funciona prá mim é procurar me lembrar apenas das coisas boas relativas a cada pessoa. Se elas forem muito difíceis e eu pouco treinada em perdoar posso agradecer por estas pessoas estarem fora da minha vida agora! Já é um princípio. Tento então deixar de lado MEUS PLANOS E DESEJOS de como acho que elas deveriam ter agido e procuro pensar numa boa qualidade que possuam. Mesmo que seja uma coisa pequena, procuro me agarrar a este pensamento e deixo que as outras lembranças paulatinamente desapareçam. Em princípio, posso até lutar para conseguir encontrar um pequeno motivo pelo qual devo ser agradecido, mas enquanto fico tentando, outras pequenas qualidades daquela pessoa vão surgindo, vagarosamente. Estas qualidades podem até não ser de meu agrado mas, enfim, são qualidades das quais outras pessoas poderiam gostar. O que é incrível é que mesmo o maior bandido tem algo de bom e sempre poderemos nos focar nisto. Até no fato de alguém que nos feriu, podemos agradecer... porque podem acreditar o que é ruim sempre poderia ter sido pior! Bem esta é a gratidão mais difícil, ... mas também a mais regeneradora. Por que a partir deste ponto posso realmente ser grata a tudo e todos, como fiéis emissários da energia do Universo a me propiciar as aprendizagens necessárias ao meu desenvolvimento.
Enquanto continuo à procura de boas qualidades, começo a perceber, depois de certo tempo, de que forma outras pessoas que pertencem a meu passado também me beneficiaram. Talvez elas nem tenham tentado me ajudar, mas meu senso de gratidão abre meus olhos a ponto de eu conseguir ver que elas me deram, na realidade, um verdadeiro presente espiritual.
Um verdadeiro presente espiritual é algo que aumenta a consciência que tenho de minha verdadeira natureza espiritual.
Para conseguir perceber a dádiva espiritual, abandono, antes, as idéias que tenho sobre como quero que as coisas sejam. Abrir a percepção e perguntar-se o que a vida esta conversando comigo ajuda sempre muito.
Eu procuro fazer perguntas a mim mesma do tipo:
- De que forma esta pessoa me ajudou a me tornar consciente de minha natureza espiritual?
- Como suas atitudes me conduziram a uma direção que beneficiou o meu crescimento?
- Mesmo que esta atitude tenha sido prejudicial a meu ser humano e físico, de que forma esta atitude elevou e apoiou meu ser espiritual?
Como você pode perceber, estas perguntas são penosas. Talvez haja o desejo de manter o outro encarcerado numa teia de censura e culpa. A gratidão incondicional, nestas situações, pode dar a impressão, a princípio, que estamos deixando as pessoas, de quem não gostamos, livres de uma situação embaraçosa. Posso assegurar, que esta atitude nos deixa livres a nós dos constrangimentos. Deixamos de viver coma ira, raiva, ódio, deixamos de ser carrascos. A gratidão, como seu irmão, o perdão, liberta, em primeiro lugar, aquele que a concede. A gratidão incondicional dissolve as grades. O Ódio não apenas nos encarcera numa minúscula cela de auto-piedade mas também nos mantém longe daqueles que estão procurando trazer amor a nossas vidas.( O ódio inclui tudo, de raiva a um desejo aparentemente inocente de evitar alguém). Nosso passado, libertado pela gratidão, liberta também nosso presente para ser como deveria.
Por fim, a dádiva mais maravilhosa que a gratidão incondicional nos dá é a clareza e visão. Ao dar minha gratidão incondicional, começo a perceber que tudo está a meu lado para abençoar. Eu realmente não consigo explicar como isto acontece, Só posso dizer que acontece. Na medida em que continuo estendendo minha gratidão a todos que estiveram em meu passado e que estão em meu presente, começo a ver que tudo que me cerca está, na verdade, em harmonia. Começo a ver que o que eu considerava como prejudicial e injusto era, na verdade, uma interpretação errônea, um julgamento defeituoso, baseado em minhas pequenas percepções da vida, muito limitada em seu alcance.
Começamos, então, a perceber os relacionamentos de realidade conectados entre si e apoiando uns aos outros. A gratidão incondicional substitui a frustração pela paz, pois sabemos então que tudo está ordenado, não por nossos pequenos desejos, mas pelos planos maiores que nosso espírito traçou com o grande Arquiteto do Universo.
Agradeço a todos a oportunidade de pensar em voz alta e deixo aqui a mensagem de nosso amado mentor Almofarejh:
Todos os cálices sorvidos,
Não importando o sabor,
Depuram quando com brandura,
Agastam quando com ranço.
Amigos em Cristo.
Paciência, fé e amor.
Força e fé,
Fé é força.
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ResponderExcluirTudo tem seu lado positivo, sempre, é o que realmente interessa em tudo. Tudo tem algo nos fará crescer, que nos permitirá enxergar coisas que não estávamos conseguindo ver. O resto é ilusão. Decidir olhar para essas coisas positivas é ver a realidade, e faz brotar imediatamente a gratidão, que nada mais é que a frequência de vibração de quem nós realmente somos. Lindo texto!
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