segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Palestra: Imposições
domingo, 16 de junho de 2013
Palestra: Mediunidade - simplesmente um sentido
Palestra apresentada por Yasmin Silveira na Casa do Sol Centro Espírita
O que é mediunidade?
1)É uma percepção mental por meio da qual a
alma sutiliza, estimula e aguça seus sentidos, a fim de penetrar na essência
das coisas e das pessoas.
2) É uma das formas que possuímos para
sentir a vida, é o “poder de sensibilização” para ver e ouvir melhor a
excelência da criação divina.
Mediunidade é sexto sentido.
•O
6º sentido é aquele que capta, interpreta, organiza, percebe e sintetiza os
outros 5 sentidos conhecidos.
•Quando
aprendemos a desenvolver nossas impressões sensoriais básicas, automaticamente
desenvolvemos também a mediunidade.
Como
melhorar nossas impressões sensoriais básicas?
vídeo: Auto Retrato
O Desenvolvimento da Percepção com Generosidade
•Iniciamos
o desenvolvimento de nossa mediunidade através, primeiro, do
incremento de nossa auto-percepção.
•Conhece-te!
•Sem a
viagem profunda de auto-conhecimento nossa capacidade de percepção estará
extremamente prejudicada.
•Os 5
sentidos foram desenvolvidos primeiro para atender as nossas necessidades,
depois as necessidades dos demais.
vídeo: Doma India
SUBPERSONALIDADES
•O
desconhecimento da nossa intimidade e as crenças inadequadas e inconscientes
que sustentamos sobre nós, influenciam muito nossa capacidade de compreendermos
a nós e aos outros.
•Por
isso, para entendermos o funcionamento de nossa vida íntima, precisamos
silenciar nosso interior e observá-lo sem medo.
Máscaras
– Nossas Variantes
•Precisamos
enxergar muito além de nossa visão normal e ultrapassar as fronteiras da
imposição das autoridades intelectuais egocêntricas. Ou seja meditar e fazer um
constante exercício no reino do pensamento reflexivo.
•A
personalidade que nós apresentamos a nós e aos outros como real é, muitas
vezes, uma subpersonalidade, uma
variante as vezes muito diferente da realidade interna.
Persona - Ego
•Julgamentos,
pontos de vista, idéias e pensamentos positivos ou negativos, são forças ativas
que formam estruturas energéticas.
•Estas
estruturas energéticas podem ser denominadas subpersonalidades,
personalidades parciais ou formas-pensamento. São aspectos do ego, também
conhecido como persona.
As
Várias Personalidades Ocultas
•Elas
giram em torno do seu criador, estando sempre prontas para o influenciar.
•Assemelham-se
a discursos internos, scripts, sempre prontos.
•Estes
nos impedem de ver e ouvir com lucidez
os recados da nossa alma, das pessoas, dos nossos mentores e pior de Deus.
•Vivo
em Círculos – viciado nos pré-pensamentos!!
É
preciso sair do ego e não se deixar dominar ou impermeabilizar por ele.
•Quando
estamos identificados com determinada subpersonalidade,
todas as nossas percepções são definidas por ela.
•Passamos
a ter uma visão de mundo com limites particularmente fixados.
Muitas
subpersonalidades são
criadas na fase infantil, e, em determinadas épocas, podem ter uma função útil
e defensiva
A
criança que ainda domina nossas atitudes!
vídeo: A criança em nosso espelho interno
É importante a auto- generosidade!
•As
subpersonalidades podem ser muito variadas: narcisista, ferina, super-trabalhadora, super-certa,
menina boazinha, super-heroína, sistemática... Mil faces construímos!
•É
importante acolhermos as nossas
subpersonalidade, sejam elas quais forem, com aceitação e cordialidade. Elas
podem nos mostrar as tarefas que ficaram inacabadas, além de indicar-nos as
lições de transformação íntima que precisamos efetuar.
Liberdade ou Aprisionamento
•Somos
naturalmente aprisionados ou libertos pelas nossas próprias criações, de acordo
com as correntes mentais que idealizamos.
•Com
estas correntes mentais ficamos aprisionados e poderemos debilitar ou
prejudicar nosso crescimento emocional e espiritual. Enfraquecemos a nossa
capacidade de percepção e consequentemente a
nossa capacidade mediúnica.
•O
orgulho de nossas “certezas” nos aprisiona, a reflexão humilde e auto-amorosa,
nos liberta!
Autoconsciência
•O
desenvolvimento de uma criatura sadia exige consciência de si, ou seja,
consciência reflexiva sobre si própria, sobre sua condição e seus processos
interiores.
•Essa
autoconsciência é que nos dá a habilidade para diferenciar e identificar nossos
conteúdos psíquicos, e alterá-los, melhorá-los ou renová-los.
Conexão
com o Self ou Si-mesmo
•Ao
estabelecermos uma conexão com o Si mesmo (Eu superior), experimentaremos uma
abundante e ilimitada visão de acesso à sabedoria, alegria, afetividade,
coragem, lucidez, compreensão, amor, respeito, liberdade, desapego, compaixão,
individualidade e perdão.
•Todos
elementos imprescindíveis para ampliar percepção e consequentemente
estabelecer o desenvolvimento de nossa mediunidade.
A retirada das máscaras
•Para
renovar atitudes, é deixarmos de olhar o mundo através de nossas máscaras, e
nos ligarmos à amplitude do nosso Eu-Superior.
•Desta
forma abrimos nosso perceber e nossa leitura própria, dos demais, da vida se
amplia.
•Ampliando
o perceber, ampliamos a mediunidade.
Cursos
de Consciência Espírita - Casa do Sol - Khalild
•As
reflexões direcionadas para as áreas morais e intelectuais são muito importantes, pois abrem
contatos com o “perceber”, o que nos permite ouvir
amplamente as “sonoridades espirituais” que existem nas faixas etéreas, das
diversas dimensões invisíveis do Universo.
•Por
isso investimos com tanto trabalho e amor no Curso de Consciência Espírita da
nossa casa abençoada!!
O
Desenvolvimento do Perceber - A chave da Empatia
vídeo: Pessoas Solidárias
vídeo: Pessoas Solidárias
Consciência Espírita
•O primeiro que ganha, é meu Eu-superior que
constrói um canal sólido de manifestação e uma via segura de comunicação e
aprendizado.
•O
segundo ganho é que com isso construímos uma vida melhor e mais segura na
direção de nosso desenvolvimento.
•O
terceiro é que vamos nos habilitando para o desenvolvimento de nossa
mediunidade pela construção de uma melhor percepção!
Mediunidade
um Sentido Natural
•Na
atualidade, a mediunidade está cada vez sendo vista com maior naturalidade.
•Um
fenômeno espontâneo ligado a predisposições orgânicas dos indivíduos somados a
seu desenvolvimento de percepção e caráter.
•Ver,
todos nós vemos, a não ser que tenhamos obstrução dos órgãos visuais; já as
formas de ver são peculiares a cada sensitivo. Escutar é fenômeno comum; no
entanto, a capacidade de ouvir além das aparências das coisas e das palavras é
fator de lucidez para quem já desenvolveu o “auscultar” das profundezas do
espírito.
Deus é igualitário
•Além
do mais, a facilidade de comunicação com as dimensões espirituais não é dada
somente aos chamados “agraciados”.
•Deus
a concede a todos seus filhos as mesmas oportunidades de progresso. Cabe a nós
a desenvolvermos através dos caminhos por Ele indicados.
•Este
desenvolvimento não poderá ser forçado, o que seria improdutivo.
Mediunidade é de todos
Desenvolver os sentidos
•Saber
incentivar, educar e esperar o amadurecimento dos órgãos infantis é o que nos
possibilitou ver, falar, andar, ouvir, sentir, saborear ou preferir.
•Logo
a mediunidade considerada uma aptidão ontonegética do
organismo humano, também deve seguir este caminho para sua completa formação e
manifestação
•A
fórmula será aumento de percepção e caráter, para uma mediunidade bem educada e
produtiva.
Ontogenética
•Ontogenia
(ou ontogênese) descreve a origem e o desenvolvimento de um organismo desde o
ovo fertilizado até sua forma adulta. A ontogenia é estudada em Biologia do
Desenvolvimento. A ontogênese define a formação e desenvolvimento do indivíduo
desde a fecundação do óvulo até à morte do indivíduo.
Dia de Pentecostes
•Nesta
passagem da Bíblia, encontramos uma das maiores afirmações de que são
espontâneas as manifestações mediúnicas e de que é natural seu despertar,
quando forem desenvolvidas repentinamente as possibilidades.
•Os
apóstolos, rudes pescadores com suas limitadas vidas, após a convivência com
Jesus e o despertar do amor inteiro,
conquistaram o iluminar de suas mentes e capacidades anteriormente não
desenvolvidas.
A evolução
•A
sensibilização progressiva da humanidade é uma realidade. O crescimento do 3º
setor no mundo todo nos atesta este fato.
Cada de vez mais amor!!
•Os
efeitos espirituais cada vez mais eloquentes, incontestáveis e generalizados se fazem
sentir em todos os pontos do planeta.
•Graças
a Deus!!
terça-feira, 7 de maio de 2013
Palestra: Olhando para Trás
Palestra apresentada por Juliana Rosseti em 15/4/13 na Casa do Sol Centro Espírita
Do livro Renovando Atitudes
de Hammed – pág
61
No Evangelho Segundo Espiritismo Cap V, item 8:
“Rendamos graças a Deus que, na sua bondade, concede ao
homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente pela primeira
falta”.
Deus, o criador da vida é infinita bondade, compreensão e
misericórdia e sempre vê a tudo e a todos com “olhos de amor”, nunca punindo
suas criaturas.
Na realidade são os homens que se auto penalizam (quando a
consciência pesa) e então ficam agarrados aos erros do passado estando no
presente e sem se moverem,
se renovarem nas oportunidades
do livre-arbítrio.
A culpa é um mecanismo de controle utilizado nas relações
humanas e Hammed cita alguns exemplos:
- religiões utilizam-se freqüentemente da culpa para
explorar a submissão de seus fiéis.
Usam, em nome de Deus, leis com mecanismos de punição e
repressão, e em algumas épocas até a venda do perdão foi feita.
- outro exemplo é a relação dos pais com os filhos através
de exclamações: “Você ainda me mata do coração!”, no caso de alguma rebeldia do
filho (ao invés de conversar / esclarecer a situação de conflito, o controle
chega antes através de exclamações que geram culpa, mágoa, remorso e raivas).
- há também os filhos dizendo aos pais “Os pais das minhas
amigas deixam elas fazerem isso...”, outro meio de culpa / chantagem.
“Culpar não é um método educativo, nem gerador de
crescimento, é apenas um meio de induzir as pessoas a não se
responsabilizarem por seus atos e atitudes”.
Busquei no livro “Refletindo a Alma” de Joanna de Angelis /
Divaldo, no cap 9 – Emoções e Sentimentos: uma compreensão psicológica
espírita, mais uma idéia sobre a Culpa:
“A culpa pode ser entendida como produto do ego que se
pune.”
É profundamente analisada por Joanna de Angelis em diversas
obras devido à atualidade do tema e do grande potencial destrutivo que
oferece quando não trabalhada.
Para a mentora a culpa é resultado da raiva que alguém
sente contra si mesmo, voltada para dentro, em forma de sensação de algo que foi feito erradamente”.
Sensação: acho
importante pensar sobre essa palavra no contexto do assunto Culpa através de algumas
perguntas como:
- de onde vem essa sensação de
estar culpado?
- por que eu sinto que houve
um erro?
- tive informações externas
sobre os atos que geram culpa hoje?
- qual a minha idade no
momento em que aconteceu o ato que gera a sensação de culpa até agora?
- a culpa que sinto por um ato
do momento presente é só desse momento ou aumentada por uma recordação dessa
mesma sensação?
Voltando a Joanna de Angelis: “Por isso, fatalmente está o ego
adoecido, que impossibilitado de refletir com naturalidade sobre a
possibilidade de errar, de discernir, cobra-se,
gerando alto nível de sofrimento, em vez de avaliar a qualidade das ações e
permitir as reparações quando equivocadas.”
Outras obras em que a mentora trata sobre a Culpa:
- Momentos de Consciência – cap 6
- O Despertar do Espírito – cap 8
- Vitória sobre a Depressão – cap 16
Para mim, entre as
idéias sobre a culpa, acho interessante pensar na culpa para exercer o
controle, a tirania, exteriorizando assim a raiva contra si mesmo (que parece
ser contra o outro, mas isso é só uma máscara social).
Porque culpar algo ou
alguém é um mecanismo comum e acontece no “piloto automático”, já não culpar é
algo que precisa de um mínimo de análise dos fatos.
Então, voltando a Hammed:
Culpar os outros faz parte de representar o papel de
injustiçados e perseguidos.
Culpando as pessoas coloca-se os “seus erros” nos ombros dos
outros, da sociedade, do governo, da religião, dos obsessores e etc.
Mas, somente cada um de nós pode decidir se reconhece ou não
as suas próprias falhas e dessa forma começar a se libertar da prisão mental
a que nós mesmos nos confinamos”.
“Dar importância às culpas é focalizar fatos passados com
certa regularidade, sempre nos lembrando de algo que sentimos ou não, que
falamos ou não, que permitimos ou não”.
“Isso nos leva a perder o momento presente, que passa muito
rápido, e poderia ser utilizado para o desenvolvimento intelecto-moral”.
“Todos nós fomos criados com possibilidades de acerto e erro
conforme o grau de evolução”.
“Para melhorar é preciso treinar, então se erra e se acerta
e aí se aprende”.
Hammed destaca que:
“A culpa se estrutura nos alicerces do perfeccionismo”.
No entanto temos que ter sempre a consciência que somos tão
bons quanto permite o nosso grau de evolução.
“A todo momento fazemos o melhor que podemos fazer, por
estarmos agindo e reagindo de acordo com o nosso “senso de realidade”.
“O SENSO DE REALIDADE DO MOMENTO PRESENTE.”
Hammed diferencia:
Arrependimento:
Resulta do quanto sabíamos fazer
melhor e não fizemos.
Culpa:
É a exigência de que deveríamos ter feito algo,
porém não o fizemos por ignorância ou por impotência.
“Deus sempre concede ao homem a faculdade da reparação e não
o condena para sempre”
“O BEM QUE SE FAZ APAGA O MAL QUE SE FEZ”. (AL)
“A culpa é sempre proporcional ao grau de lucidez que se
possui, isto é, a ignorância nos protege”.
Assim, o importante é:
- Não guardar culpa
- Optar pelo melhor,
que é utilizar o tempo para a modificação de conduta
- Reconhecer o erro,
se desculpar ou reparar se possível e seguir adiante, sem olhar para trás.
Tocando em Frente – Almir Sater
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder seguir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha,e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
estrada eu sou
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
de ser feliz
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
sábado, 4 de maio de 2013
SOS SOL Abril 2013
. Também arrecadamos a quantia de R$ 3 mil reais que serão destinados a ações sociais. Como sempre, com muita alegria, contamos com dezenas de voluntários que se destacaram em solidariedade e comprometimento, carregando alimentos, conversando com as pessoas e auxiliando a equipe das 19h às 02 horas da madrugada. Nosso muito obrigado a todos, estamos muito felizes e mal podemos esperar pelo próximo!
Quem quiser conferir algumas fotos, acesse nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/casadosolcentroespirita
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Cine Sol: Intocáveis
É nessa sexta! O primeiro Cine Sol de 2013 vem trazendo um filme muito especial, "Intocáveis".
O filme, lançado em 2012, conta a história de Philippe (François Cluzet), um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.
A entrada para assistir ao filme e participar do posterior debate custa 10 reais. Quem já é sócio contribuinte da casa tem sua entrada franca.
Junte-se a nós!
O que? Cine Sol, filme: Intocáveis seguido de debate sobre Consciência Espírita
Onde? Casa do Sol Centro Espírita: Visconde do Herval, 979
Quando? 5 de abril, sexta-feira, às 20h30min
Quanto? 10 reais
Mais informações sobre o filme em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-182745/
quinta-feira, 14 de março de 2013
Curso Consciência Espírita retoma suas atividades
Nessa sexta-feira, dia 15 de março, estamos retomando as atividades do Curso de Consciência Espírita desenvolvido na Casa do Sol. A turma está aberta para novos alunos interessados. Para mais informações ligue para: 9991-4435 e converse com Khalild, ou compareça à nossa aula, que começa a partir das 20h30min na Casa do Sol Centro Espírita.
Esperamos vocês!
O que? Curso de Consciência Espírita
Onde? Na Casa do Sol Centro Espírita - Rua Visconde do Herval, 979, Menino Deus
Quando? 15 de março, sexta-feira, às 20h30min
quarta-feira, 6 de março de 2013
Recomeçando... 2013!
Com muita alegria estaremos retomando os trabalhos apométricos abertos ao público na próxima segunda-feira, dia 11 de março, a partir das 19h30min na nossa sede. Contamos com a presença de todos, amigos fraternos da Casa do Sol Centro Espírita! Nossa casa estará de portas e coração abertos para vocês.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Palestra: a arte da aceitação
Palestra apresentada em 26/11/2012 na Casa do Sol Centro Espírita
Ciclo de palestras sobre “Renovando Atitudes”, Hammed
Autora: Beatriz Hirt
A ARTE DA ACEITAÇÃO
Capítulo 5, item 13
“O homem pode abrandar ou aumentar a amargura das suas provas pela
maneira que encara a vida terrestre...”
“... contentar-se com sua posição sem invejar a dos Outros, de
atenuar a impressão moral dos reveses e das decepções que experimenta; ele
haure nisso uma calma e uma resignação...”
(Capítulo 5, item 13.)
Aceitar
nossa realidade tal qual é um benefício em nossa vida. Aceitação traz paz e
lucidez mental, o que nos permite visualizar o ponto principal da partida e
realizar satisfatoriamente nossa transformação interior.
Só conseguimos modificar aquilo que
admitimos e que vemos claramente em nós mesmos, isto é, se nos imaginarmos
outra pessoa, vivendo em outro ambiente, não teremos um bom contato com o
presente e, conseqüentemente, não depararemos com a realidade.
Muitos de nós
fantasiamos o que poderíamos ser, não convivendo, porém, com nossa pessoa real.
Desgastamos dessa forma uma enorme energia, por carregarmos constantemente uma
série de máscaras como se fossem
utilitários permanentes.
O termo persona é derivado
da palavra latina equivalente a máscara, e se refere às máscaras usadas pelos
atores no teatro grego clássico para dar significado aos papéis que estavam
representando.
De acordo com a Psicologia
Analítica, persona é o arquétipo associado ao comportamento de contato
com o mundo exterior, necessário à adaptação do indivíduo às exigências do meio
social onde vive. É a maneira que cada sujeito se mostra ao mundo, é o caráter
que assumimos; através dela nos relacionamos com os outros. A persona
inclui os papéis sociais, as roupas e o estilo de expressão pessoal como
tatuagens, maquiagem, adereços. Alguns psiquiatras, como Alexander Lowen, em
seu livro “Medo da Vida”, afirmam “ler” o corpo da pessoa como indicativo de
sua persona. Ou seja, os traumas antigos refletem sobre o físico. É o biológico
e o simbólico interagindo.
E o que procuramos ao
nos impingir estruturas tão rígidas a ponto de modificar nossos corpos? A
resposta é aprovação e amor. De nossos pais, inicialmente, pois a formação do
self se dá até os sete anos, e depois da sociedade como um todo.
As máscaras possuem dois
aspectos, um positivo e outro negativo . O positivo
está associado à possibilidade de adaptação do sujeito ao seu meio social. O
aspecto negativo surge quando o Eu
se identifica com a persona, fazendo com que a pessoa se distancie e
desconheça sua real personalidade, a alma. A pessoa deixa de ser quem é para
ser um personagem.
Depois de desistimos de
nossa verdadeira natureza para desempenharmos um papel, estamos destinados a
ser rejeitados, porque já rejeitamos a nós mesmos.
Assim mesmo, nos
esforçamos para tornal o papel bem-sucedido, esperando superear nosso destino.,
mas nos enredamos nele cada vez mais. Ficamos prisioneiros de um círculo
vicioso que cada vez mais se fecha, estreitando nossa vida e nosso ser.
Por que não desistimos do
papel, não imterrompemos o jogo arrancando as máscaras? Porque não somos
concientes que nossa aparência e nosso comportamento não são inteiramente
genuínos. A máscara tornou-se parte do nosso ser. A máscara passou a ser uma
segunda natureza para nós, e nos esquecemos de como era nossa natureza
original.
Outro problema é custo
energético no desempenho de papéis. Tanto gasto de energia que pouco sobra para
o prazer e a criatividade. Se não custa esforço é porque algo é espontâneo e
natural. Só que as pessoas não sentem o esforço que fazem. O que sentem é
fadiga crônica, irritabilidade e frustração. Quando alguém desempenha um papel
nestas proporções, o resultado final sempre é a depressão.
Ex: Sabe
aquele seu chefe que já foi tenente do exército e acha que ainda continua no
quartel? Ou talvez tenha ouvido falar daquele profissional que trabalhou por 20
anos na mesma empresa como executivo, com todas as mordomias e status e, depois
que se aposenta (ou é demitido) acha que ainda é importante ou que pode
continuar carregando o “sobrenome” da empresa.
As pessoas podem ser dominadas por suas personas, abafando o indivíduo por trás da máscara. Tendem
a se ver apenas nos termos superficiais de seus papéis sociais e de sua
fachada.
A persona, no seu aspecto positivo,
é uma necessidade tanto para proteger nossa intimidade contra a intrusão do
mundo exterior como para nos adaptarmos a ele. Esta máscara que todos possuímos não nos transforma em personagens individuais, mas sim coletivos. Através
da persona, conseguimos corresponder às exigências e opiniões do meio e
dos outros indivíduos que nos cercam. No desenvolvimento do ego, a persona
se diferencia do mesmo assumindo um caráter de complexo, porém, mantendo-se
intimamente ligado ao ego. A persona “assume sua forma” no contato com a
consciência coletiva. Como máscara, ou máscaras, a persona vai
possibilitar a inserção saudável do individuo que se forma na esfera
social. (JUNG, 1967).
Costumamos nos comportar de acordo com
as expectativas das outras pessoas. Isto fica evidente em determinadas
instituições, como a família, a universidade ou a empresa em que trabalhamos.
Situações diferentes requerem atitudes distintas. Estas atitudes podem ser
latentes e inconscientes e ainda assim atuarem de maneira a orientar uma pessoa
para que ela se porte de certa maneira em determinada situação. Sempre que uma
atitude for chamada a atender uma exigência do ambiente, mais ela se
fortalecerá como traço de caráter de um sujeito, tornando-se cada vez mais
habitual. Se o ambiente exige constantemente determinadas posturas e atitudes,
estas contribuirão significantemente para que o ego possa se identificar com um
determinado papel social, fazendo com que o indivíduo se apegue total ou
parcialmente à persona que o
meio exige (STEIN, 2006).
O desenvolvimento adequado da persona,
por outro lado, possibilita que o ego experimente o mundo de uma forma
saudável, sem que a coletividade consciente prejudique a evolução desse ego.
Assim, a persona irá proteger o ego e a psique das diversas forças e atitudes
sociais que invadem cada ser humano. Sobre isto, James Hall diz:
A persona é também um veículo para a transformação do
ego: o conteúdo inconsciente pode ser primeiramente vivenciado através de um
papel e, mais tarde, integrado ao ego como parte de sua própria identidade
funcional tácita. (HALL, 2000, p.88).
A atitude de
aceitação é quase sempre característica dos adultos serenos, firmes e
equilibrados, à qual se soma o estímulo que possuem de senso de justiça, pois
enxergam a vida através do prisma da eternidade. Esses indivíduos retêm um
considerável grau de evolução, do qual se deduz que já possuem um potencial de
aceitação, porquanto aprenderam a respeitar os mecanismos da vida, acumulando
pacificamente as experiências necessárias a seu amadurecimento e
desenvolvimento espiritual.
Quando não
enfrentamos os fatos existenciais com plena aceitação, criamos quase sempre uma
estrutura mental de defesa. Somos levados a reagir com, atitudes de negação,
que são em verdade molas que abrandam os golpes contra nossa alma. São
consideradas fenômeno psicológico de “reação natural e instintiva” às dores,
conflitos, mudanças, perdas e deserções e que, por algum tempo, nos alivia dos
abalos da vida, até que possamos reunir mais forças, para enfrentá-los e
aceitá-los verdadeiramente no futuro.
Não negamos
por ser turrões ou teimosos, como pensam alguns; não estamos nem mesmo mentindo
a nós próprios. Aliás, “negar não é mentir”, mas não se permitir “tomar consciência” da
realidade.
Talvez esse mecanismo
de defesa nos sirva durante algum tempo; depois passa a nos impedir o
crescimento e a nos danificar profundamente os anseios de elevação e
progresso.
O livro “O
Cavaleiro Preso na Armadura”, de Robert Fischer,
é uma leitura rápida que nos conta uma fábula de um cavaleiro que
precisava tanto da sua armadura que não a tirava mais. Quando confrontado pela
esposa a tirá-la, percebeu que a carapaça enferrujara e ele estava preso nela.
Começa sua caminhada em busca de sua libertação. Aquilo de início era sua
proteção passou a ser a sua prisão. Ele vai compreendendo as coisas aos poucos,
como num processo terapêutico. É uma estória leve, que se fosse um filme seria
como “Estórias de Nárnia”.
Auto-aceitação
é aceitar o que somos e como somos. Não a confundamos como uma “rendição
conformada”, e que nada mais importa. De fato, acontece que, ao aceitar-nos,
inicia-se o fim da nossa rivalidade com nós mesmos. A partir disso, ficamos do
lado da nossa realidade em vez de combatê-la.
Diz o texto do
Evangelho: “O homem pode abrandar ou aumentar a amargura das suas provas pela
maneira que encara a vida terrestre”. Aceitação é bem uma maneira nova de “encarar” as
circunstâncias da vida, para que a “força do progresso” encontre
espaços e não mais limites na alma até então restrita, pois a “vida terrestre” nada mais
é do que o relacionar-se consigo mesmo e com os outros no contexto social em
que se vive.
Aceitar-se é
ouvir calmamente as sugestões do mundo, prestando atenção nos “donos da verdade” e
admitindo o modo de ser dos outros, mas permanecer respeitando a nós mesmos,
sendo o que realmente somos e fazendo o que achamos adequado para nós próprios.
Em vista
disso, concluímos que aceitação não é adaptar-se a um modo conformista e triste
de como tudo vem acontecendo, nem suportar e permitir qualquer tipo de
desrespeito ou abuso à nossa pessoa; antes, é ter a habilidade necessária para
admitir realidades, avaliar acontecimentos e promover mudanças, solucionando
assim os conflitos existenciais. E sempre caminhar com autonomia para poder
atingir os objetivos pretendidos.
“... contentar-se com
sua posição sem invejar a dos Outros, de atenuar a impressão moral dos reveses
e das decepções que experimenta; ele haure nisso uma calma e uma resignação...”
(Capítulo 5, item 13.)
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